Díaz-Canel reafirma respaldo ao fraude eleitoral na Venezuela: “Nos solidarizamos com nosso companheiro Nicolás Maduro"

"Nos solidarizamos, sem uma única dúvida, com o irmão povo venezuelano e com nosso companheiro, Nicolás Maduro", disse o presidente cubano designado durante uma intervenção virtual na Cúpula do ALBA-TCP que ocorre nesta segunda-feira.

Miguel Díaz-Canel © X/Presidencia de Cuba
Miguel Díaz-CanelFoto © X/Presidência de Cuba

O governante cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez voltou a mostrar seu apoio ao presidente da Venezuela Nicolás Maduro, apesar das reivindicações da oposição desse país e da comunidade internacional para que ele mostre as atas eleitorais da contenda onde se declarou vencedor.

"Nos solidarizamos, sem uma única dúvida, com o povo irmão venezuelano e com nosso companheiro, Nicolás Maduro", disse o designado mandatário cubano durante uma intervenção virtual na Cúpula do ALBA-TCP que se desenvolve nesta segunda-feira.

Em sua alocução, gravada no Palácio da Revolução, Díaz-Canel mencionou que “confia que com essa força, a pátria de Bolívar, Chávez e Maduro, continuará demonstrando que está à prova de todas as ameaças e assédios”.

O regime cubano foi um dos primeiros a reconhecer a proclamação de Maduro como presidente da Venezuela nas últimas eleições de 28 de julho, uma disputa que foi acusada de irregularidades e que o governo chavista não conseguiu reverter as opiniões.

Alineados a um discurso de apoio ao seu aliado continental, Díaz-Canel voltou a culpar as "oligarquias regionais, o imperialismo, os emporios das comunicações e as plataformas digitais" pelo que acontece na Venezuela, seguindo a rota de Maduro, que tem buscado intenções "golpistas" em todos esses atores, mas sem provar que "ganhou" as eleições de forma inquestionável.

"Com absoluta irresponsabilidade, estimula-se de forma concertada o retorno aos planos de desestabilização na Venezuela. Não podemos permitir isso", destacou o governante que voltou a exibir o braço em tipoia.

Em um ato de cinismo absoluto, Díaz-Canel afirmou que “reconhece e admira a resposta serena, o alto sentido democrático institucional e a vocação de paz mostradas pelo presidente Nicolás Maduro e sua equipe”. Palavras que desconhecem a luta mostrada pelos setores populares insatisfeitos com o resultado eleitoral, os quais têm sido perseguidos, reprimidos e encarcerados pelo regime governante na Venezuela.

Sem o mínimo sentido de responsabilidade, expressou que “a vontade da maioria deve ser respeitada. O povo venezuelano votou com total consciência a favor da dignidade, da sua soberania e pela paz”.

Esta amostra de apoio não é a primeira que expressa o designado por Raúl Castro à frente do governo na ilha. Dois dias depois da fraude perpetrada por seu “amigo” Maduro, chamou os opositores na Venezuela de "guarimberos de turno" e inimigos de Nossa América.

Sua mensagem, publicada na rede social X, recebeu milhares de interações e numerosas respostas, algumas pessoas o acusaram de ser um "ditador que apoia outro ditador".

Em outra oportunidade, os cubanos criticaram essas demonstrações de apoio a um processo eleitoral questionável.

Uma pessoa escreveu que enquanto Díaz-Canel dá um tapinha de congratulação ao venezuelano, em Cuba “estão comendo dos lixões; têm apagões de 20 horas; não há combustível e toda a ilha é uma prisão”.

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