O ator cubano Erdwin Fernández expressou solidariedade ao seu colega e amigo Ulyk Anello, após este compartilhar sua dura experiência como migrante nos Estados Unidos e admitir publicamente que passou dias sem comer.
Erdwin enviou uma mensagem de apoio a Ulyk, na qual ataca aqueles que o criticaram e lembra que estar sozinho e longe de seus entes queridos é terrível.
"Para criticar a alguém, é preciso andar com seus sapatos, é um ditado muito antigo e sábio, e só Deus sabe o que passamos todos individualmente, e sofre-se em solidão", sublinhou.
"A muitos podem parecer ofensivos o choro e a queixa pública, mas isso só acontece quando o coração explode, e é mais um pedido de socorro, nada mais, e é preciso ter coragem para fazê-lo publicamente", lembrou.
Na semana passada, Anello concedeu uma entrevista ao youtuber dominicano Destino Tolk, na qual revelou que, depois que o governo dos Estados Unidos retirou os benefícios de food stamps, passou dias sem comer.
Após a polêmica surgida a partir dessas declarações, Erdwin compartilhou um texto em seu Facebook no qual esclarece ao seu colega que, se as zombarias e os ataques servem para algo, é para descobrir que entre o público nem todos são boas pessoas, amáveis e sensíveis, e o aconselha a cuidar mais de sua vida privada.
"Em vez de ofender e zombar, o belo teria sido dizer: 'Ulyk, amigo, embora não te conheça, aqui está nosso apoio, porque aqui a comida não falta. O que você precisa?'", apontou.
Fernández revelou que muitos cubanos em Miami disseram entre risos e zombarias que Anello deveria trabalhar limpando banheiros e esquecer a atuação.
"Eu desejo ver trabalhar todo cubano que chegou a este grande país na carreira que estudou, quero vê-los grandes e realizando seus sonhos, suas profissões, outros nos querem ver limpando banheiros, essa é a diferença. (E sei que é preciso trabalhar no que for, eu já fiz e faço)", sublinhou.
"Eu publiquei há algum tempo (e com muito orgulho) que comecei a trabalhar como vendedor associado em uma rede de lojas de móveis, de terno, gravata e com ar-condicionado, ganhando bom dinheiro e com excelentes condições, e as zombarias não faltaram. E aprendi algo: muita gente também vai te odiar por isso, vão zombar, portanto decidi não tornar mais pública minha vida privada, porque aos porcos não se dá flores, eles as comem", explicou.
Por último, Erdwin assegurou a seu amigo que muitos bons cubanos lhe oferecerão ajuda, porque nos Estados Unidos também há muitas pessoas de boa vontade, cristãos que adoram a Deus e amam os seres humanos.
"E em relação a passar fome, meu amigo, aqui estamos muitos bons cubanos e amigos que, embora todos estejamos um pouco apertados, sempre te ofereceremos nosso apoio; e quanto à solidão, uma ligação sempre pode ser feita", expressou.
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