Continuam se recuperando os feridos após o acidente na fábrica de Cimento de Cienfuegos.

Todos os trabalhadores mantêm a condição médica com que ingressaram no hospital.


Os quatro trabalhadores que continuam internados no Hospital Gustavo Aldereguía Lima da cidade de Cienfuegos, após o derramamento de materiais em um dos silos da fábrica de Cimentos daquele território, continuam se recuperando, embora um deles mantenha sua condição de crítico grave.

“De acordo com os dias que já estão aqui, que hoje é o quarto dia, suas queimaduras e lesões estão estáveis”, disse ao canal oficialista Canal Caribe a doutora Josefa Castellanos Alfonso, especialista em Segundo Grau em Queimaduras e Cirurgia Plástica.

A médica apontou que mantém maior vigilância sobre o paciente em estado crítico. Existe “um pouco de reserva com ele, porque é um paciente que a qualquer momento pode ter alguma complicação, até o momento não teve, está estável”, destacou a especialista.

Francisco Díaz Urquiza, de 60 anos, que está reportado em estado muito grave com 24% de queimaduras, expressou sentir-se agradecido pela atenção médica recebida até o momento e com seus colegas de trabalho.

“Não podemos pedir mais a nós e à família também e sou grato por termos uma equipe médica boa, poderosa, com quem contar e meus companheiros que vêm me ver apesar dos meus familiares e quem não pode vir é porque está trabalhando ou enfrentando seus problemas, que temos cada cubano, mas todo mundo me manda abraços para que eu fique forte, que nós vamos sair daqui”, declarou ao meio oficialista.

Dionel Figueroa Calunga, de 52 anos, é o ferido que se encontra em estado crítico extremo e que possui 70% do corpo queimado.

Na quarta-feira, o quinto ferido no acidente foi liberado. Seu nome é Alexei Aguilar Valdés, de 53 anos, que apresentava queimaduras em 5% do corpo e pôde voltar para casa após receber tratamento.

Vários colegas de trabalho dos afetados fizeram doações de sangue nos últimos dias, devido à escassez nos hospitais cubanos.

"Havíamos precisado de algum hemoderivado, mas realmente essa resposta dos colegas tem sido muito boa e os pacientes sabem disso, porque nós dissemos a eles, e isso os deixou muito felizes", ressaltou a doutora Soraya Izaguirre Hernández, chefe do serviço de queimados do Hospital Gustavo Aldereguía em um relatório anterior.

Na terça-feira à tarde, ocorreu uma explosão na Fábrica de Cimentos Carlos Marx, em Cienfuegos, que deixou um trabalhador morto, cinco feridos e três outros presos, supostamente devido ao fato de que a explosão provocou a queda de um funil que os manteve aprisionados até que os bombeiros os resgataram.

O falecido foi identificado como Raymundo Narciso Sarría, de 61 anos, que trabalhava como eletricista na Empresa de Construções Ingenieras No. 6 (Ecoing-6).

Ernesto Gálvez, diretor de Produção da fábrica de cimento de Cienfuegos, explicou que “às 14h05, colapsou a tremonha de farinha [sic] do eletrofiltrador do forno três. Este colapso provocou um derramamento de farinha quente que foi o que causou o acidente indesejado”.

“Estamos ainda investigando a causa dos fatos, do colapso da tolva”, acrescentou o executivo, que aproveitou para esclarecer que não houve nenhuma explosão de uma caldeira.

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