A União Elétrica (UNE) de Cuba anunciou apagões para esta sexta-feira devido a quase 800 MW de déficit no horário de pico e 350 MW no chamado horário de média demanda.
Com a recente saída do sistema da termoelétrica Antonio Guiteras, além de outros cinco blocos sem operar devido a avarias, os apagões durante longas horas persistirão nos próximos dias.
Na quinta-feira, o serviço foi afetado por déficit de capacidade de geração a partir das 19h13 e não foi restabelecido até 1h19 da madrugada. A máxima afetación foi de 786 MW, às 20h30.
Segundo o relatório, para as horas de maior demanda, estima-se uma disponibilidade de 2292 MW e uma demanda máxima de 3000 MW, resultando em um déficit de 708 MW, pelo que se prevê uma afetacão de 778 MW.
Estão fora de serviço devido a avarias seis unidades das CTE Santa Cruz, Guiteras, Felton e Rente.
Além disso, 51 centrais de geração distribuída estão sem operar por falta de combustível, totalizando 190 MW afetados por esse conceito.
Como era de esperar, esta nova saída do sistema da Guiteras, a apenas dois meses de sua última sincronização, veio agravar a crise energética do país.
A planta matancera, a maior do país, sofreu um "inconveniente" com o chamado mando de óleo, um conjunto de equipamentos responsáveis por gerenciar o fluxo, a pressão e a temperatura do óleo utilizado em diversos processos e que pode ter funções cruciais como a lubrificação, o resfriamento e a hidráulica.
Embora a princípio os especialistas prevessem que o problema poderia ser resolvido em 24 horas, na quinta-feira as autoridades cubanas anunciaram que serão necessários sete dias para continuar os trabalhos de reparação.
O jornalista matancero José Miguel Solís apontou que "não foi possível resolver por enquanto o inconveniente na regulação das válvulas da turbina" e que "a trégua também é necessária para fazer as coisas bem".
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