O pai da menina Amanda, cuja história tem preocupado e comovido milhares de cubanos dentro e fora da Ilha, está fazendo aniversário esta quinta-feira.
Emmanuel Lemus, o jovem e abnegado pai que não hesitou em doar uma porção de seu fígado para transplantá-lo em sua filhinha, hoje completa mais um ano de vida com a felicidade de ver sua menina saudável e vivendo uma vida normal.
A ativista cubana Yamilka Laffita (Lara Crofs) compartilhou no Facebook uma linda homenagem, na qual lembra como era a vida de Emmanuel e sua esposa Mila em janeiro, quando Amanda, de apenas dois aninhos, havia sido praticamente abandonada à sua sorte pelo sistema de saúde cubano.
"O sacrifício de Emmanuel era terrível, cozinhava, lavava, organizava, ia até três vezes ao hospital. Tremendo pai e esposo, vi-o sofrer, cheio de ira pelas respostas evasivas e vazias que nos davam neste país. Sua menina oscilava entre a vida e a morte e ele fazia o que fosse necessário para salvá-la, inclusive arriscar a própria vida", detalhou.
Lara descreveu Enmanuel como um homem "superinteligente", "fofinho" e que "sabe cozinhar".
"Tivemos muitas conversas sobre o dia em que Amandita estaria bem, como seria tudo para eles, e chegou o dia, compay. Hoje você pode celebrar como merece, tenho certeza de que o presente mais precioso é aquele que você tem em suas mãos, sua menina e esposa. As pessoas boas, que se esforçam e não desistem diante dos obstáculos, são recompensadas", garantiu.
Esta semana, Lara Crofs compartilhou uma foto que confirma a recuperação de Amanda após ser submetida a um transplante de fígado na Espanha no dia 15 de março, e informou que a pequena já leva uma vida normal ao lado de seus pais na nação ibérica.
"Mila e Enmanuel vivem agora com a tranquilidade e a felicidade de ver sua filha crescer da forma mais saudável possível", escreveu a ativista.
Ela acrescentou que a menor tem que ir regularmente ao hospital para exames, "mas já começou a viver".
"Mila me conta que é muito hiperativa e que está sempre rindo, é feliz. Já se senta sozinha, come super bem e se tudo continuar como está, no ano que vem talvez já ande", acrescentou Laffita.
"Amanda foi a menina que devolveu a esperança a muitos cubanos dentro e fora de Cuba. A solidariedade e o apoio que esta família recebeu foram emocionantes e super lindos. A vida desta pequenina foi o grito de uma sociedade civil cubana, em uma só voz unida, além de ideologias, credos e raças", assegurou Crofs.
No dia 15 de julho, exatamente quatro meses após o transplante de fígado, uma foto surgiu mostrando como Amanda continuava a progredir.
A história de luta para salvar a vida de Amanda começou em janeiro de 2024, quando sua mãe, em uma publicação que se tornou viral, pediu desculpas publicamente à filha por tê-la trazido ao mundo em um país onde o sistema de saúde não conseguia atender às suas necessidades médicas.
Amanda sofria de uma doença hepática grave e estava urgentemente necessitando de um transplante de fígado, mas as limitações em Cuba impediam que ela pudesse ser transplantada, por isso foi solicitada uma visto humanitário para ela.
Após várias semanas de campanha apoiada por ativistas, meios de comunicação independentes e cubanos generosos, conseguiu-se o dinheiro necessário para que Amanda e seus pais pudessem viajar para a Espanha, onde um hospital havia aceitado o caso.
Em março, Amanda chegou a Madrid, onde os médicos ficaram impactados com o grave deterioro de sua saúde e destacaram que foi perdido um tempo precioso no tratamento de sua doença.
No dia 15 de março, Amanda foi submetida a um transplante de fígado, uma operação bem-sucedida que marcou o início de sua recuperação, a qual não esteve isenta de recaídas e complicações, mas que finalmente a menina superou.
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