A ativista cubana Yamilka Laffita (Lara Crofs) compartilhou nesta terça-feira uma foto que confirma a recuperação da menina Amanda Lemus Ortiz após ser submetida a um transplante de fígado na Espanha, e informou que a menina já leva uma vida normal ao lado de seus pais na nação ibérica.
“Mila e Enmanuel vivem agora com a tranquilidade e a felicidade de ver crescer sua filha o mais saudável possível”, escreveu a ativista.
Acrescentou que a menor precisa ir regularmente ao hospital para revisões, “mas já começou a viver”, ou seja, a ter uma vida normal ao lado dos pais.
“Mila me conta que é muito hiperativa e que sempre está rindo, é feliz. Já se senta sozinha, come super bem e se tudo continuar como está, no ano que vem talvez já caminhe”, acrescentou Laffita, que se referiu a como “o que um dia foi um sonho quase impossível” se tornou uma bela realidade graças à intervenção de tantas pessoas de boa vontade.
“Amanda foi a menina que devolveu a esperança a muitos cubanos dentro e fora de Cuba. A solidariedade e o apoio que esta família recebeu foram emocionantes e super lindos. A vida dessa pequenina foi o grito de uma sociedade civil cubana, em uma única voz unida, além de ideologias, credos e raças”, afirmou a ativista, que aproveitou para reiterar seu agradecimento a muitas pessoas que - a nível individual ou como grupo - colaboraram e contribuíram para divulgar o caso de Amanda.
“Obrigado a todas as pessoas envolvidas, à imprensa independente que não se afastou nem um segundo do caso, a todos os meus amigos e conhecidos, a todas as mães que acolheram a bebinha como se fosse sua, aos grupos de solidariedade Aliento de Vida e ao Ministério Cristo Cambia Vidas e a Limay Blanco”, escreveu Laffita.
Também estendeu o agradecimento aos doadores anônimos e aos médicos espanhóis que a operaram com tanto amor e carinho.
Na seção de comentários da publicação nas redes, centenas de comentaristas expressaram felicidade por uma história esperançosa como esta e estenderam agradecimentos à própria ativista, que desde o início se firmou como a alma da ajuda a Amanda e sua família.
Em uma foto anterior, compartilhada no dia 15 de julho -justo quatro meses após o transplante- mostrava como Amanda continuava progredindo.
No entanto, esse tempo não tem sido fácil, pois nesses meses a menor teve várias recaídas devido ao grave deterioro físico com que chegou à Espanha.
A história de luta para salvar a vida de Amanda começou em janeiro de 2024, quando sua mãe - em uma publicação que se viralizou no Facebook - pediu desculpas publicamente à sua filha por trazê-la ao mundo em um país onde o sistema de saúde não podia responder às suas necessidades médicas.
Amanda sofria de uma doença hepática grave e precisava urgentemente de um transplante de fígado, mas as limitações em Cuba impediam que ela pudesse ser transplantada, por isso foi solicitada uma vista humanitária para ela.
Ao longo de várias semanas, ativistas, meios de comunicação independentes e cubanos que apoiaram a causa conseguiram o dinheiro necessário para que Amanda pudesse viajar para a Espanha junto com seus pais em busca de ajuda.
Em março, Amanda chegou ao país ibérico, onde os médicos ficaram impactados com o grave deterioro de sua saúde e observaram que um tempo precioso havia sido perdido no tratamento de sua doença.
No dia 15 de março, Amanda foi submetida a um transplante de fígado em um hospital madrilenho. A operação foi bem-sucedida e marcou o início de sua recuperação. No entanto, o caminho não tem sido fácil devido a várias complicações decorrentes de infecções resistentes que contraiu em Cuba. Apesar desses desafios, Amanda tem mostrado uma notável melhoria com o tempo.
Em junho, Yamilka Laffita já compartilhou duas fotos que ilustravam a impressionante recuperação de Amanda. O antes e o depois de uma menina que literalmente voltou à vida.
No dia 21 de junho, Amanda alcançou outro marco em sua recuperação quando os médicos removeram os soros e cateteres que ela havia necessitado durante seu tratamento, outra melhora significativa em sua condição física.
Nos últimos meses, Lara Crofs agradeceu em várias ocasiões a todos que colaboraram para tirar Amanda de Cuba e dar a ela uma nova oportunidade de vida.
Lamentavelmente, muitas outras crianças permanecem em Cuba como pacientes de doenças graves para as quais haveria um prognóstico muito melhor se fossem atendidas fora do país.
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