Morre outro jovem cubano na guerra da Ucrânia.

Acredita-se que entre 400 e 3.000 cubanos tenham se juntado como mercenários ao exército de Putin.

Jolius Bernal © Facebook
Jolius BernalFoto © Facebook

Outro jovem cubano identificado como Jolius Bernal teria falecido esta semana na guerra da Rússia contra a Ucrânia, informaram seus parentes nas redes sociais.

Vários perfis do Facebook lamentam nesta quarta-feira o falecimento do jovem – que vivia em Havana e era boxeador – na linha de frente da batalha na Rússia na Ucrânia, de acordo com as informações de seu perfil.

"Hoje quero pedir ao Universo, a todos os anjos e arcanjos, que me deem a notícia de que você está vivo, que está lutando pela sua família, que seu coração bate, você é super forte e confio em você e na fé que tenho de que apenas não conseguiu se reportar, mas que está bem", disse uma amiga.

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Outra acrescentou: "Jolius, você se foi e não cumpriu a promessa de voltar a se reunir comigo e com Jesus e nos sentarmos para tomar umas cervejas enquanto ríamos um do outro. Você foi embora nos deixando uma dor profunda na alma."

Até o momento, não foram divulgadas as circunstâncias que cercaram a morte de Bernal. Alguns afirmam que aparentemente, após um ataque, não houve mais comunicação com ele. Também não está claro como a família obteve a confirmação de seu falecimento.

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Acredita-se que entre 400 e 3.000 cubanos se tenham juntado como mercenários ao exército de Putin sob promessas de bons salários e garantias migratórias.

A mediados de março, o governo ucraniano denunciou em uma conferência de imprensa realizada em Kiev a crescente presença de mercenários cubanos na guerra.

"Vemos fotografias, vídeos do lado russo onde se vê muitos mercenários de Cuba", disse então o chefe de imprensa do Comitê ucraniano para o Tratamento dos Prisioneiros de Guerra, Petró Yatsenko.

O funcionário recriminou o regime cubano pela tolerância diante do recrutamento de seus cidadãos por parte da Rússia, apesar dos relatos de que muitos viajam enganados e da confirmação de que dezenas deles, a maioria jovens, morreram na linha de frente.

"Não podemos afirmar que se trate de um programa estatal, mas sabemos que ninguém se opõe a isso", declarou Yatsenko, criticando que "os agressores russos" trabalhem sem restrições em Cuba. Oito prisioneiros de guerra, entre os quais havia um cubano, participaram dessa coletiva de imprensa.

Em julho passado, outros dois cubanos, sendo um deles identificado como Denis Frank Pacheco Rubio, santaclareño de 42 anos, também faleceram na invasão da Rússia à Ucrânia.

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