Os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos relataram até 16 de agosto 21 casos do vírus de Oropouche em viajantes que retornaram de Cuba.
Segundo um relatório semanal divulgado no dia 27 de agosto por essa entidade de saúde, 20 dos casos foram detectados na Flórida e um foi diagnosticado em Nova Iorque.
A maioria dos casos "tinha febre e outros sintomas que desapareceram sem tratamento específico".
A fonte acrescentou, no entanto, que pelo menos três pessoas apresentaram sintomas de reaparicação da doença uma vez que os pacientes pareciam curados, uma característica comum que foi alertada pelo próprio Ministério da Saúde Pública (MINSAP).
Os CDC informaram que estão trabalhando com as jurisdições estaduais de saúde pública e parceiros internacionais para permitir a detecção e vigilância rápidas da transmissão do vírus, com o objetivo de guiar as medidas de prevenção de saúde pública.
Há pouco mais de uma semana, os Centros para Controle e Prevenção de Doenças já haviam emitido um alerta de nível 2, em uma escala de 4, devido ao aumento dos casos do vírus Oropouche em Cuba.
Em seu site, os CDC alertaram que “foram relatados múltiplos casos de Oropouche em viajantes americanos e europeus que retornam de uma viagem a Cuba, o que indica que existe um risco contínuo".
As autoridades americanas recomendaram aos viajantes que tomassem medidas preventivas reforçadas para evitar contrair essa doença arboviral, enquanto aconselharam as gestantes a não viajar para a ilha, a menos que seja inevitável.
O alerta chegou em um momento em que Cuba enfrenta uma crise epidemiológica, exacerbada pela rápida expansão da doença em todo o país, após a confirmação dos primeiros casos em Santiago de Cuba no final de maio.
Além dos casos de vírus de Oropouche importados para os Estados Unidos, os casos importados para a Europa têm aumentado nas últimas semanas, principalmente através de viajantes provenientes de Cuba.
Já foram detectados pelo menos uma vinteena, segundo dados do Centro Europeu para a Prevenção e o Controle das Doenças (ECDC).
O Oropouche, que frequentemente é confundido com a dengue devido à semelhança de seus sintomas, pode se manifestar em pessoas de qualquer idade. Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares, rigidez nas articulações, náuseas, vômitos, calafrios e sensibilidade à luz.
É importante que aqueles que desenvolvam a doença evitem tomar aspirina e outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, para reduzir o risco de sangramento.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) emitiu um alerta epidemiológico no início de agosto, destacando a gravidade da situação nas Américas.
Foram relatados casos de óbitos por Oropouche, sendo os primeiros registrados no mundo no final de julho no Brasil.
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