Regressa a Cuba o que resta da delegação olímpica em Paris.

O regime anunciou que, ao chegar, farão um tour por Havana e La Piragua será "sede do ato de recepção", e ao mesmo tempo "homenagem" ao 98º aniversário do nascimento de Fidel Castro.


Com o estelar lutador Mijaín López entre seus integrantes, o último grupo da delegação olímpica de Cuba está a caminho de volta para a ilha, após o encerramento de Paris 2024 e a confirmação do contínuo retrocesso da antiga potência esportiva mundial.

A maioria dos que voam do aeroporto Charles de Gaulle esteve na véspera do encerramento do grande evento, onde López, cinco vezes campeão sob os cinco anéis no estilo greco-romano, representou o continente americano.

Embora não se conheça o número exato, o grupo em questão é formado por atletas que competiram na última semana, diretores, treinadores e membros da imprensa credenciada.

O regime anunciou que, ao chegar, farão um passeio por Havana e La Piragua será “sede do ato de recebimento”, ao mesmo tempo em que será um "homenagem" ao 98º aniversário do nascimento de Fidel Castro.

O trajeto do percurso se iniciará na Terminal No.1 do Aeroporto José Martí, passando por Boyeros, a Rotunda da Cidade Desportiva, Rua 26, Rua 23, até chegar ao Malecón da capital.

Este tipo de eventos, que vinculam o esporte com a figura de Fidel Castro, são mais uma demonstração da tentativa de perpetuar o falecido ditador em todos os âmbitos da vida cubana.

Com a delegação mais reduzida desde Tóquio 1964, Cuba terminou na 32ª posição do quadro de medalhas, com dois títulos, um segundo lugar e seis terceiros lugares, o que representou seu pior resultado desde o México 1968.

Por demais, a atuação, que ficou bem abaixo das previsões do INDER, esteve longe do que foi alcançado em Tóquio 2020, quando a ilha ficou na 14ª posição graças a sete medalhas de ouro, três pratas e cinco bronzes.

Apesar de não serem cumpridos os objetivos coletivos, o governante Miguel Díaz-Canel dedicou um post de felicitações na rede social X, com palavras em forma de pretextos: “Parabéns, queridos medalhistas de Paris 2024. Por trás de seus triunfos não há grandes recursos, mas sim o enorme sacrifício de um povo de esportistas que nunca deixou de sonhar com a glória olímpica. Como Mijaín, que conseguiu tocá-la 5 vezes. Sua coragem inspira.”

Desta vez, o regime pode desfrutar que apenas uma atleta abandonou a comitiva: a remadora Yariulvis Cobas, embora dias antes tenham feito o mesmo o lutador Ángel Pacheco e a judoca Dayle Ojeda, que ajudavam nos treinos do mencionado campeão López e de Idalys Ortiz.

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