O campeão cubano de boxeio profissional Yordenis Ugás refletiu sobre a fraude eleitoral na Venezuela que proclamou Nicolás Maduro como vencedor para um terceiro mandato presidencial e expressou o que, em sua consideração, pode ser o futuro da nação sul-americana.
"Vi o Maduro dizer que vai fazer o socialismo de outra forma. O povo da Venezuela está jogando sua liberdade agora e durante os próximos 20-30 anos. Esse socialismo de outra forma é como o de Cuba", indicou o atleta em seu perfil no Facebook.
Ugás alertou os venezuelanos que "Maduro vai querer fazer o que nem Chávez conseguiu, que foi eliminar todos os partidos, eliminar toda a oposição, com a justificativa de um inimigo externo. Nós, cubanos, sabemos sobre isso. Atenção, irmãos venezuelanos. Vocês estão apostando muito, estão apostando no futuro de vocês e de seus filhos. Força e inteligência", concluiu.
A proclamação de Maduro como vencedor das eleições foi amplamente questionada pelos opositores e por uma parte significativa da comunidade internacional, que exige a verificação dos resultados por meio das atas de votação que o governo se negou a apresentar.
A reação que organismos internacionais tiveram, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), ao solicitar à Corte Penal Internacional (CPI) que emita um mandado de prisão contra o presidente venezuelano, chega em um momento em que a crise se intensifica, com relatos de pelo menos uma vintena de manifestantes mortos nos protestos que se seguiram às eleições.
Na última quarta-feira, em cadeia nacional, Maduro ameaçou não tremer a mão e "chamar o povo a uma revolução com outras características".
"Eu digo solemnemente desde o poder político, queremos continuar no caminho que Chávez traçou", disse, e culpou o "imperialismo norte-americano e os criminosos fascistas" pela crise na Venezuela.
Agregou que "eu não nasci no dia dos covardes" e que "se o império quer avançar em seu plano criminoso, nós defenderemos nossa pátria".
O campeão cubano Yordenis Ugás havia demonstrado entusiasmo no último domingo pela possível vitória da democracia na Venezuela. Ele até disse aos venezuelanos que eram “um farol de esperanças para todos os amantes da liberdade”.
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