Artista venezuelano Nacho rompe o silêncio e envia forte mensagem diante da situação em seu país.

O cantor venezuelano Nacho Mendoza quebrou o silêncio e pediu às forças militares de seu país que não ataquem um povo que apenas reivindica seus direitos e exige a verdade, após os resultados das eleições presidenciais.

Em um vídeo na rede social Instagram, o artista se pronunciou contra a violência policial: “Do fundo do meu coração, peço, assim como milhões de venezuelanos, aos corpos uniformizados e de controle cidadão deste país, que não ataquem o povo”.

E prosseguiu: “Menos por respeitar o mandato de indolentes, que abusam de seu poder, um poder que vocês mesmos lhe concederam, nenhuma voz influente chamou a distúrbios ou confrontos, justamente porque as experiências passadas nos ensinaram a responsabilidade que envolve chamar a uma ação”.

Além disso, afirmou que as pessoas devem "valer mais do que os rangos e as insígnias, do que a ideologia e a fome de poder, não devemos transformar a Venezuela em um país em guerra".

“Quem está na rua saiu por decisão própria, por indignação, por desconhecimento de uns resultados que muitos consideramos, em nosso direito de discernir, fraudulentos”, acrescentou.

“Começaram a se perder vidas novamente, pais e mães chorando as mortes de seus entes queridos, de seus filhos”, expôs sobre as mortes que foram reportadas.

O clima político na Venezuela se tornou mais tenso após a proclamação de Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais, uma decisão rejeitada enfaticamente pela oposição.

No dia 29 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral, uma autoridade chavista, anunciou a reeleição de Maduro, um resultado que imediatamente desencadeou protestos e rejeição por parte da oposição e de uma parte significativa da população.

Enquanto isso, a líder da oposição María Corina Machado se pronunciou em uma coletiva de imprensa e afirmou que o verdadeiro vencedor era Edmundo González: “Temos provas da verdade”.

A contagem da oposição mostra que Nicolás Maduro recebeu 2.759.256 votos, enquanto González obteve 6.275.182 votos, com o adicional de vencer em todos os estados que compõem a nação sul-americana.