Uma mãe santiaguera expressou sua indignação nas redes sociais depois que um apagão a pegou de surpresa em um hospital infantil, poucos dias após o desperdício de eletricidade no Carnaval, criticando o regime por priorizar eventos festivos em detrimento de serviços essenciais.
O jornalista Yosmany Mayeta compartilhou no Facebook a frustração da mãe após a queda de energia ocorrida no Hospital Infantil Sur Dr. Antonio María Béguez César, mais conhecido como “La Colonia”.
“Assim estamos aqui, depois de dias de desperdício de eletricidade com o Carnaval. É uma falta de respeito que têm com a população e não veem que aqui vêm crianças pequenas”, denunciou a mulher.
A publicação de Mayeta não especificou a duração do apagão, mas incidentes como este, que colocam em perigo a vida das crianças, evidenciam a profundização da crise econômica em Cuba.
Na mesma denúncia, o jornalista independente repercutiu outra mensagem enviada por outra pessoa, onde alertou sobre a escassez de reagentes para fazer análises de sangue.
A pessoa denunciante afirmou: “Eles não têm reagentes para realizar os hemogramas completos, para essa gente tanto faz, se você adoece ou se recupera sozinho, porque você nunca vai saber o que realmente tem.” Isso evidencia o lamentável estado do centro assistencial e a crise que afeta a qualidade dos serviços médicos.
Embora a publicação denuncie dois incidentes graves, não é a primeira vez que isso acontece em um hospital de Santiago de Cuba.
Em maio passado, uma queda de energia que se prolongou por várias horas surpreendeu pacientes e acompanhantes no Hospital Oncológico, gerando preocupação e descontentamento pela interrupção na atenção médica.
A explicação que lhes deram é que a planta elétrica ou o gerador não tinha o óleo que precisa e a previsão é que deveriam trabalhar sem eletricidade por algumas horas, segundo denunciou Mayeta no Facebook.
Recentemente, o Hospital Provincial Saturnino Lora, também de Santiago de Cuba, foi alvo de críticas pela acumulação de lixo em um de seus banheiros, assim como pela obstrução nos serviços sanitários.
Situação semelhante foi alertada na Colonia, onde o mau cheiro dos banheiros afetava pacientes e seus familiares no corpo de guarda.
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