O proclamado presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que segundo o Conselho Eleitoral desse país foi reeleito presidente dessa nação para o período 2025-2031, ordenou a retirada do país, "de maneira imediata", dos representantes diplomáticos da Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai, "ante as ações e declarações ingerentes" de seus governos.
Maduro e seu executivo também anunciaram que retiram suas respectivas delegações nesses países.
A República Bolivariana da Venezuela expressa seu mais firme rechazo às ações e declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e comprometidos abertamente com os mais sórdidos postulados ideológicos do fascismo internacional, tentando reeditar o fracassado e derrotado Grupo de Lima, que pretendem desconhecer os resultados eleitorais das eleições presidenciais realizadas neste domingo, 28 de julho de 2024, diz um comunicado do chanceler Yvan Gil no X.
O anúncio ocorre horas depois que esses países, junto ao Paraguai e ao Equador, exigiram a "revisão completa" dos resultados eleitorais e solicitaram uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Um dos primeiros mandatários a reagir à proclamação de Maduro como presidente da Venezuela foi o chileno Gabriel Boric, que através de sua conta no X disse que “o regime de Maduro deve entender que os resultados que publica são difíceis de acreditar".
Outro questionamento veio do Uruguai, quando o presidente Luis Lacalle Pou afirmou irregularidades no processo da eleição e da apuração, declarando que "claramente esteve viciado" e que "não se pode reconhecer um triunfo se não se confia na forma e nos mecanismos utilizados para chegar a ele".
Enquanto o presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves, destacou em um comunicado que as eleições eram "fraudulentas" e declarou que seu governo "repudia categoricamente a proclam ação de Nicolás Maduro como presidente da República Bolivariana da Venezuela".
Desde a presidência do Panamá, o mandatário José Raúl Mulino anunciou nesta segunda-feira a suspensão das relações diplomáticas com a Venezuela e a retirada de seu pessoal no país sul-americano.
No obstante, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou nesta segunda-feira Nicolás Maduro como presidente de forma oficial, depois que o órgão anunciou na noite de domingo que o chavista, no poder desde 2013, ganhou as eleições com 51,2% dos votos, um resultado rejeitado pela oposição majoritária e grande parte da comunidade internacional.
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