Ministro cubano de Transporte reconhece fracasso no programa de recuperação viária: "O avanço é baixo"

Ao final do primeiro semestre, o avanço era baixo e não se havia conseguido conter o deterioro das vias, disse o funcionário.

Reparación de calles en Cuba © Facebook / Eduardo Rodríguez Dávila
Reparação de ruas em CubaFoto © Facebook / Eduardo Rodríguez Dávila

O ministro dos Transportes de Cuba, Eduardo Rodríguez Dávila, reconheceu que o programa de recuperação viária do país enfrenta sérias dificuldades e que, apesar dos esforços, não se conseguiu impedir a deterioração da rede viária nacional.

Durante a recente sessão de prestação de contas à Assembleia Nacional, o titular da pasta apontou que a falta de organização na gestão do orçamento em moeda nacional, a insuficiência de divisas conversíveis para a aquisição de equipamentos, a instabilidade na alocação e disponibilidade de combustível, e os problemas com o abastecimento de materiais, são as principais causas dos atrasos no programa de recuperação viária.

Segundo o relatório apresentado, ao final do primeiro semestre, o avanço era baixo e não se havia conseguido conter o deterioro das vias.

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Menciona entre as causas das deficiências a baixa produção de Concreto Asfáltico, devido ao fato de que das 25 plantas produtoras, 12 estão paralisadas por quebras. A execução do plano de mistura asfáltica quente é de 10,04% e da fria, de 14,32%, precisou.

Também reconheceu que os planos de misturas asfálticas para aeroportos, autoestradas e estradas apresentam uma execução muito abaixo do programado. Em particular, a estrada Moa-Baracoa não registrou nenhum avanço, disse Rodríguez Dávila.

Sobre as reparações nas estradas e a eliminação das depressões, afirmou que apenas foi executado 22,3% do planejamento de recuperação e 14,2% da colocação de mistura asfáltica quente; enquanto isso, as reparações leves e capitais de pontes também mostram atrasos significativos.

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Para concluir, o ministro expressou que em relação às reparações de aterros para facilitar a agricultura, o plano para o ano de 2024 é de 1511,70 km, com apenas 538,10 km acumulados, e a execução está apenas em 35%.

A ineficiência estatal na gestão e manutenção das estradas contribuiu para um aumento de acidentes devido ao mau estado das mesmas, reconheceram as próprias autoridades cubanas.

O mau estado das vias tem sido um fator determinante em vários acidentes de trânsito, colocando em risco a vida dos motoristas e pedestres: No ano passado, vários motociclistas morreram após cair em buracos em Havana, e há apenas algumas semanas, um caminhão de uma cooperativa virou após cair em um buraco na estrada em Banes, Holguín, para citar apenas alguns exemplos.

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A falta de recursos e a desorganização na execução dos planos de manutenção refletem uma gestão deficiente por parte do governo.

Segundo o ministro, estão sendo analisadas propostas para melhorar o apoio financeiro e de materiais do programa a nível do governo central, e estão sendo promovidos projetos com a Universidade Marta Abreu de Villa Clara e a Universidade de Matanzas para o uso de materiais e soluções alternativas.

Também explicou que estão sendo elaboradas propostas para a criação deste fundo e a ampliação da cobrança de pedágios em zonas turísticas e aeroportos.

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