O mandatário Nicolás Maduro assegurou ao votar na manhã deste domingo que respeitará e fará respeitar o resultado das eleições que emitir o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ao final da jornada, e convocou seus rivais nas urnas a se comprometerem a fazer o mesmo.
“Ninguém levará a Venezuela ao caos, para isso temos um árbitro eleitoral. Eu, Nicolás Maduro, me comprometo a respeitar o árbitro eleitoral e convido todos os partidos a respeitar o órgão regulador”, manifestou em declarações à imprensa após depositar seu voto em Caracas, acompanhado de sua esposa, primeira-dama do país e deputada, Cilia Flores.
"Reconheço e reconhecerei o árbitro, os boletins oficiais, e farei com que sejam respeitados. (Será) palavra santa a do árbitro eleitoral e chamo os 10 candidatos presidenciais, os 38 partidos políticos, a declarar publicamente que respeitarão o boletim oficial do organismo", declarou diante dos jornalistas.
Em outro momento, ele disse que sua candidatura é "a única garantia de paz" no país.
Consultado sobre seu reconhecimento dos resultados em caso de perder a eleição, sublinhou que o boletim do CNE "será, não apenas reconhecido, mas defendido, em união cívico-militar perfeita", e assegurou que tudo sairá bem.
"Dije que iba a llegar en paz y en paz llegó [el día de las votaciones], e se há algo que preservar e defender é a paz, a harmonia, a convivência entre os venezuelanos. Tem que ser um dia para que em Venezuela triunfe o bem, fazendo o bem, que é a expressão mais grande do amor", expressou.
Nesse sentido, antecipou que nesta segunda-feira contará "muitas coisas" relacionadas com o trabalho feito pelo seu Governo para garantir que essas eleições ocorram em paz. Lembrou, além disso, sua intenção de fazer um novo chamado ao diálogo com diversos setores, entre eles o político e o econômico.
Nas redes sociais, não poucos repararam que a urna em que Maduro votou estava ao lado de um cartaz escolar que dizia "Férias Felizes", detalhes que muitos consideraram uma engraçada premonição de sua saída, mas será que será tão fácil?
Ataque do Presidente do Conselho Nacional Eleitoral ao candidato opositor
O preocupante para os opositores a Maduro é que o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Elvis Amoroso, criticou neste domingo -quando se realiza a eleição presidencial no país- o candidato da oposição majoritária, Edmundo González Urrutia, por não ter assinado um compromisso de reconhecimento de resultados, apesar de não ser um requisito legal ou obrigatório.
O funcionário chavista questionou o candidato da Plataforma Unitaria Democrática (PUD) por se recusar a assinar um acordo proposto unilateralmente por Maduro, que foi assinado por oito concorrentes que se comprometeram a reconhecer o resultado emitido pelo CNE ao final da jornada eleitoral.
Os colégios eleitorais na Venezuela abriram suas portas às 6:00 da manhã deste domingo, para celebrar eleições que poderiam significar a derrota de Nicolás Maduro, se as previsões das pesquisas se confirmarem, que concedem ao seu rival González vantagens de até mais de 20 pontos.
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