Denúncia: Paciente em estado crítico após cair de uma maca no hospital de Bayamo

Uma paciente do Hospital Geral Carlos Manuel de Céspedes estaria em estado crítico depois de cair no chão quando o médico a transferia da cama do tomógrafo para uma maca, devido à falta de um macaco para ajudá-lo, segundo uma denúncia nas redes sociais.


Uma paciente internada no Hospital Geral Carlos Manuel de Céspedes em Bayamo, Granma, estaria em estado crítico após cair no chão enquanto era transferida da cama do tomógrafo para a maca, segundo uma denúncia divulgada nesta quarta-feira.

O lamentável incidente veio à tona em uma publicação da ativista Diasniurka Salcedo no Facebook, onde compartilhou vídeos em que os familiares da paciente protestavam em um corredor do hospital. Não havia socorrista na sala para fazer a transferência, segundo a denúncia.

"Neste momento, no hospital geral universitário Carlos Manuel de Céspedes em Bayamo, uma paciente caiu do médico enquanto era transferida da cama do tomógrafo para a maca, e a paciente encontra-se em estado crítico", indicou Salcedo.

Captura de FacebookIdelisa Diasniurka Salcedo Verdecia

Apontou também que “os familiares estão reclamando” e explicou que “tudo aconteceu porque não havia um auxiliar de enfermagem para ajudá-lo”.

As imagens publicadas pela ativista mostram o momento de confusão e indignação dos familiares, após o incidente.

¡Ela estava deitada na maca, ela caiu da maca!, exclamou exaltado um dos parentes, enquanto várias pessoas observavam em silêncio a cena.

O homem afirmou que foi testemunha do momento em que o médico "a moveu e virou a maca" e, dirigindo-se a uma mulher que disse ser irmã da paciente, disse que ele "queria tirá-la na cama", mas ela se negou.

Em outro vídeo, ouve-se a mulher gritar: “Eu o mato, eu o mato e não pago, porque essa é minha irmã!”.

Ante a falta de macas, ela e o homem são quem levam a paciente da sala na própria cama, aparentemente para levá-la à terapia como alguém havia sugerido antes.

Nesse momento, uma enfermeira percebeu que alguém estava gravando com o celular e, suspeitando que o fato se tornaria público, gritou ameaçadoramente: “Chame a polícia, aqui no hospital não se pode tirar fotos”, e o vídeo foi cortado imediatamente.

O incidente desta quarta-feira é mais um capítulo do extenso histórico de negligências, deficiências, má prática, escassez de medicamentos e insumos, e falta de pessoal médico e paramédico, que marcam os serviços de saúde pública em Cuba, em um declínio estrondoso há anos.

No início deste mês, a família da licenciada em Psicologia Yaneidys Barea Gregori, que morreu devido a malária poucos dias após retornar de Angola, denunciou as falhas do sistema de saúde e a atuação negligente do pessoal médico que a atendeu. A Direção Geral de Saúde de Las Tunas criou uma comissão médica para investigar e esclarecer a morte de Barea.

Na província de Granma, surgiu a denúncia do caso de um homem internado no hospital Celia Sánchez Manduley, em Manzanillo, que permaneceu desatendido e cheio de moscas, sem que o pessoal de saúde cuidasse de sua situação, por não ter acompanhante.

Enquanto isso, em Santiago de Cuba, uma alarmante infestação de percevejos mantém em alerta há meses pacientes e profissionais de saúde do Hospital Psiquiátrico Gustavo Machín.

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