Um cubano denunciou a morte de seu irmão em Cienfuegos, supostamente vítima de negligência médica e falta de atenção no hospital Gustavo Aldereguía Lima.
O homem morreu na madrugada de 1º de julho e seu irmão relatou os acontecimentos no Facebook.
"Às 12 horas da noite acabaram de matar meu irmão no hospital Gustavo Aldereguía Lima devido à falta de assistência médica", acusou o homem.
Além disso, detalhou que seu familiar havia sido admitido por pneumonia e na sala de observação o deixaram esperando por muito tempo, "sem sequer dar-lhe um antibiótico, apenas deram-lhe glicose", afirma.
Segundo o denunciante, ele acrescenta que "teve que procurar os médicos porque as enfermeiras deste turno nem sequer o atenderam e só depois de tanta insistência minha é que veio uma médica vê-lo e dar-lhe apenas um comprimido, duas horas após a admissão".
"Depois dizemos que Cuba é uma potência médica", observou, acrescentando que "é claro, para aqueles que têm um padrinho, essa medicina é boa, ou para os líderes deste país, aí sim a medicina é boa, vamos compartilhar para que todos vejam como se vive em Cuba".
Uma denúncia recente colocou em debate as condições em que o hospital Gustavo Aldereguía Lima se encontra, que foi qualificado por um internauta como "um chiqueiro", compartilhando imagens das condições anti-higiênicas e insalubres de suas instalações.
“Não se trata de um lixão, mas sim de imagens da mesma sala onde os pacientes com dengue estão no Hospital de Cienfuegos, com baratas incluídas para amenizar o horror”, afirmou o administrador do grupo de Facebook ‘Molinos’.
Na sua publicação, o ativista Yamil Cuéllar sublinhou que a decadência do centro hospitalar remonta há muito tempo e que até os médicos da instituição recomendam aos familiares dos pacientes que os transfiram para outras instituições para o seu próprio bem.
Outras denúncias de negligência médica em instalações hospitalares cubanas foram feitas para relatar a morte de uma criança de quatro anos em Santiago de Cuba.
"Ele teve algo no nariz que desenvolveu uma celulite. Parece que ele pegou uma bactéria. Levaram-no para o médico porque estava com muita dor e você sabe como é o atendimento médico em Cuba, não lhe deram o remédio certo. Estavam controlando-o com comprimidos e não era o que ele usava", relatou um familiar em uma gravação para o jornalista Yosmany Mayeta.
Em abril passado, uma jovem mãe explodiu de indignação nas imediações do policlínico Tomás Romay, em Havana Velha, devido à morte de seu bebê de seis meses por parada respiratória, supostamente devido a negligência médica neste centro hospitalar.
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