Um cubano que vivia há mais de 13 anos na Suécia e que foi deportado para a ilha supostamente por não atualizar a tempo seu documento de identidade na nação nórdica, contou que em Cuba está trabalhando e focado em sair adiante.
O jovem -identificado nas redes como "Sentelemald"- explicou que está trabalhando em uma fábrica de tinta e que paralelamente está desenvolvendo seu projeto musical, que é algo que o animava desde que vivia na Suécia.
Ao mesmo tempo, Sentelemald -que tem dois filhos nascidos na Suécia- possui um processo legal em andamento que lhe permite retornar ao país onde residiu por mais de uma década.
"Ando focado na minha música, nos meus projetos, tranquilo com minha família. Dedicado ao que é meu e nada, esperando 'o processo'... Não sei quanto tempo vai levar, mas esperando 'o processo'", apontou em um vídeo que publicou há alguns dias no TikTok.
Ele acrescentou que agora em agosto receberá a visita na ilha de seu pequeno filho de dois anos e da mãe do menor.
“Me deportaram para Cuba, mas eu sempre fui um guerreiro e não vou parar de lutar”, escreveu junto a outro de seus vídeos, onde foi visto promovendo a pintura do lugar onde trabalha.
“Lembrem-se de que nada é impossível nesta vida, desde que você queira e lute por isso. Eu daqui de Cuba, não importa as coisas que estão acontecendo, sempre vou me levantar de onde estou e vou sair para lutar pelo que é meu sem fazer mal a ninguém, sem roubar nada de ninguém, sem me meter na vida de ninguém”, indicou em outra reflexão motivadora há menos de uma semana.
O jovem cubano recebe o apoio de muitos de seus seguidores, que celebram que ele esteja focado e trabalhando. Apoio que ele agradece respondendo pessoalmente àqueles que lhe deixam mensagens de ânimo na referida rede social.
Prévio à sua deportação -ocorrida em meados de maio- o jovem cubano compartilhou vários vídeos nos quais desmentiu que não trabalhava, que tinha antecedentes criminais e outras conjecturas de todo tipo que haviam sido lançadas por internautas que viam algo estranho em seu caso.
Uma de suas explicações girou em torno do motivo pelo qual não se refugiar em outro país europeu, como sugeriram algumas pessoas. Ele disse que isso o colocaria em uma lista negra da polícia sueca no segundo seguinte após a fuga, e indicou que esse era um caminho que não iria tomar.
Todo o tempo defendeu o direito de estar ao lado do seu filho pequeno, que agora se viu obrigado a deixar para trás.
Sentelemald compartiu sua história -segundo disse- para alertar outros migrantes sobre quão duras são as leis na Suécia e a importância de ter sempre os documentos de identidade em ordem.
Previamente, ele indicou que parou de atualizar seus documentos por estar envolvido em um processo legal para recuperar a custódia compartilhada de seu filho mais velho, que tem oito anos, algo que lhe exigiu um grande esforço e gasto de dinheiro, o que o distraiu e teve consequências em sua vida privada.
Previamente, Sentelemald comentou que em seu retorno a Cuba tentaria lançar sua carreira musical e destacou que enfrentaria o desafio de voltar à ilha com otimismo, e parece que está conseguindo.
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