Cubanos se mobilizam para ajudar Camila, uma menina camagüeyana que vive em extrema pobreza.

Várias pessoas, depois de conhecer as condições de vida de Camila e seu pai, mostraram interesse em ajudar essa família.

Cubanos se movilizan para ayudar a Camila, quien vive en Camagüey © Collage Facebook / José Luis Tan Estrada
Cubanos se mobilizam para ajudar Camila, que vive em Camagüey.Foto © Collage Facebook / José Luis Tan Estrada

Ao circular nas redes sociais uma publicação que alertava sobre a precária situação de uma menina em Camagüey, o jornalista José Luis Tan Estrada decidiu primeiro confirmar a veracidade da informação e depois prestar ajuda à menina de 10 anos.

Tan publicou nesta segunda-feira no Facebook alguns detalhes sobre a vida de Camila, uma menina que vive com seu pai, que, devido a problemas de visão, não pode cuidá-la adequadamente.

Captura de Facebook / José Luis Tan Estrada

“Camila tem 10 anos, ela gosta mais de matemática do que de espanhol, segundo me disse. Terminou o ano letivo com boas notas, vai para o sexto ano”, apontou.

“Mas a vida não lhe deu boas notas. Vive com seu pai, que apresenta graves problemas de visão e não pode cuidar dela. Não se sabe muito sobre sua mãe, apenas que reside em alguma parte do Oriente do país”, também apontou o jornalista.

Adicionou que Camila não tem roupas nem sapatos e carece de boa alimentação. “Usa o número 38 e é muito magrinha. Segundo alguns vizinhos, a menina ‘passou por tanto’”.

Por último, disse que todas as pessoas interessadas em ajudar Camila e seu pai que lhe escrevessem, “para dizer o lugar onde estarei recolhendo as doações”.

Esta história encontrou ouvidos receptivos entre os ativistas cubanos, que se mostraram dispostos a ajudar esta família de escassos recursos.

Na seção de comentários, Yankiel Fernández, coordenador do Projeto Humanitário Aliento de Vida, declarou: “Aqui tenho roupinhas”.

Johanna Jolá Álvarez, que lidera o equipe de Huellas, apontou: “Gostaria de ajudar a pequena. Poderiam coletar doações se as enviarmos de Havana?”.

Por sua parte, Eider Matos acrescentou: “E daqui de Havana, como fazemos para enviar as coisas? Minha filha pode lhe dar um ou dois pares de sapatos. Roupas não, porque ficariam super grandes, mas sapatos sim e nas melhores condições.”

De igual forma, Yaimara Obregón Han disse: “Meu irmão, tenho umas blusas de uniforme que servem para o novo ano letivo, direi quando trazer para o ponto da República onde trabalho para que as pegue, acho que se calça 38 tenho uns tênis.”

Em Cuba, as crianças são um dos grupos mais afetados pela crise econômica, que se manifesta em carências materiais e uma alimentação inadequada.

Esta situação obriga que em reiteradas ocasiões os ativistas e familiares recorram às redes sociais para buscar ajuda.

Recentemente, os familiares de um menino cubano afetado pela doença conhecida como “pele de borboleta” pediram ajuda para conseguir os medicamentos que o pequeno precisa.

Captura do Facebook / ElMusk Reeve

Liam nasceu com uma doença genética crônica chamada Epidermólise Bolhosa, conhecida como "pele de borboleta", que provoca o aparecimento de bolhas em sua pele apenas ao se coçar ou pelo contato com as roupas, de acordo com uma postagem no Facebook do perfil "ElMusk Reeve".

Em abril último, um adolescente cubano de 15 anos, que luta contra o câncer cerebral, precisou do apoio da comunidade no exílio para se sustentar nos Estados Unidos, onde recebia tratamento médico.

Jenniffer Williams abriu uma campanha no GoFundMe para arrecadar dinheiro para Jorge Domínguez e sua mãe Katheryne, que estavam nos Estados Unidos com um visto de turismo de saúde, para que um hospital tratasse o adolescente cubano doente de câncer.

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