No bairro San Miguelito de Camagüey, Camila, uma menina de 10 anos, vive em extrema pobreza ao lado de seu pai, que tem sérios problemas de visão, e precisa de ajuda urgente, segundo denunciaram internautas nas redes sociais, pois sua sobrevivência depende da solidariedade dos vizinhos.
O jornalista camagüeyano José Luis Tan Estrada explicou no Facebook que, após tomar conhecimento do caso, visitou a área para confirmar a veracidade da publicação que circulava nas redes sociais.
“Conversei com uma vizinha, que praticamente está cuidando da Camila”, disse Tan, informando que Camila reside na rua 2, #29, entre a 1ª e a 2ª transversal, Reparto Miguelito, Camagüey.
“Neste momento, ela não tem roupas, sapatos nem uma alimentação adequada”, apontou o jornalista, alertando que Camila vive com seu pai, que apresenta graves problemas de visão e não pode cuidar dela. “Graças a essa vizinha, Camila está sobrevivendo”, destacou.
O ativista destacou que em breve fará uma publicação com mais detalhes e, assim, "ajudar a menina em tudo que pudermos".
A publicação original, compartilhada também pelo jornalista Tan, pedia para doar a Camila "algumas coisinhas de roupas e sapatos".
A solicitação enfatizou que ela vive sozinha com seu pai, que apresenta problemas de visão, sublinhando que são uma família de escassos recursos. “Por favor, se alguém puder ajudar com algumas coisinhas, eu agradeceria muito”, destacou a pessoa que alertou sobre o caso.
Recentemente, outro ato de solidariedade ultrapassou as fronteiras de Cuba com a doação de um fogão a gás a um casal de idosos de recursos escassos.
O gesto de solidariedade foi realizado por meio da iniciativa "Aliento de Vida", que é promovida pelo ativista Yankiel Fernández.
“Na quinta-feira passada tivemos a felicidade de poder continuar ajudando, desta vez com um fogão a gás que nossa colaboradora dos EUA nos enviou para um casal de nossos idosos, cuja cozinha estava em mau estado e eles estavam há vários dias sem poder cozinhar”, apontou no Facebook o promotor e representante da iniciativa solidária.
Também, nos dias passados, um grupo de ativistas cubanos da iniciativa cidadã "Huellas" entregou uma cesta, formada a partir de doações, a uma adolescente de Santiago de Cuba com poucos recursos, que enfrentou uma gravidez de alto risco.
Bricella Hernández agradeceu no Facebook a todas as pessoas que apoiaram a iniciativa que permitiu que as doações chegassem à adolescente de 13 anos, mãe de primeira viagem, que teve uma gestação de alto risco.
O Observatório Cubano de Direitos Humanos em seu VII Relatório sobre o Estado dos Direitos Sociais em Cuba 2024, apresentou resultados reveladores da realidade cubana.
A organização não governamental destacou no documento que "89% das famílias cubanas sofrem de pobreza extrema", um ponto percentual a mais do que no ano passado e 13% a mais do que em 2022.
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