Em meio à grave crise em Cuba, o ministro da Indústria Alimentar (MINAL), Alberto López Díaz, afirmou nesta quinta-feira que não é necessário investir em novas tecnologias e infraestrutura para produzir alimentos.
Ao intervir na segunda data do Terceiro Período de Sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP, Parlamento), o funcionário afirmou que na ilha existem 4.500 indústrias e estabelecimentos que produzem alimentos.
Existe uma tecnologia que está faltando uma peça de reposição, mas nossa gente a coloca em funcionamento todos os dias, porque a maior força do setor são seus trabalhadores, com experiência para produzir os alimentos que o país precisa - disse, usando um discurso triunfalista ultrapassado que encontra cada vez menos apoio entre a população.
"Nas condições de economia de guerra, não precisamos investir em novas tecnologias e infraestrutura, com o que temos, temos capacidade suficiente para reverter e transformar a situação atual", afirmou López Díaz, que assumiu a direção do MINAL em fevereiro passado.
Em seu discurso, ele disse que são momentos complexos, mas que a "capacidade de resistência dos trabalhadores e da população é alta".
Incapaz de reconhecer sua ineficiência, evidente a cada dia na mesa dos cubanos, o ministro afirmou no ano passado, quando era governador de Villa Clara, que os problemas do campo em Cuba eram consequência de "preguiça e preguiça".
No entanto, os camponeses afirmam que o governo lhes deve milhões de pesos, o que os impede de garantir novas colheitas, e a inflação e a escassez de alimentos são problemas cruciais que os cubanos enfrentam.
Nos últimos meses, têm ocorrido várias protestas em Cuba, onde os habitantes alegam três questões básicas: "estamos com fome", "não mais apagões" e "liberdade".
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