Se intensificam os apagões em Cuba no pleno verão devido à falta de combustível e "avarias imprevistas".

A falta de combustível diesel, juntamente com um par de avarias "imprevistas", elevou para o dobro os apagões de quinta-feira, que alcançaram 1.041 MW na hora de pico.


A falta de combustível diesel, juntamente com algumas avarias "imprevistas", elevou para o dobro a previsão de apagões que havia para esta quinta-feira, que alcançou 1.041 MW em horário de pico, segundo informou Lázaro Guerra Hernández, diretor geral de Eletricidade do Ministério de Energia e Mineração em declarações à televisão cubana.

O pior é que a previsão de apagões não melhora para esta sexta-feira, pois volta a superar os 1.000 MW, conforme revelou o diretor e também a União Elétrica (UNE) de Cuba em seu boletim diário.

No dia de ontem, o serviço foi afetado por déficit de capacidade de geração no SEN a partir das 05:25 da manhã e se manteve durante a madrugada de hoje.

A máxima afetação no dia foi de 1.041 MW às 21h, coincidente com a hora de pico, superior aos 510 MW planejados devido "à saída imprevista da unidade 5 da Termoelétrica Diez de Outubro".

A essa avaria se soma, segundo o relatório da UNE, “uma demanda superior ao planejado e baixa recuperação de combustível na geração distribuída”.

A disponibilidade do SEN às 7:00 da manhã de hoje era de 2.300 MW, a demanda de 2.440 MW, com 153 MW afetados.

No horário do meio-dia, prevê-se uma afetacão máxima de 550 MW.

Estão fora de operação devido a avaria a unidade 4 da Energas Varadero, a unidade 5 da CTE Diez de Octubre, a unidade 6 da CTE Rente e a unidade 2 da CTE Felton. Está em manutenção a unidade 1 da CTE Santa Cruz.

As limitações na geração térmica são de 410 MW. Estão fora de serviço por combustível 58 centrais de geração distribuída, totalizando 448 MW afetados por este conceito.

Estima-se que na hora de pico haja uma disponibilidade de 2.300 MW e uma demanda máxima de 3.250 MW, resultando em um déficit de 950 MW. Portanto, se as condições previstas se mantiverem, prevê-se uma afetação de 1.020 MW nesse horário.

Lázaro Guerra Hernández qualificou a situação atual de "complexa".

Nesta quinta-feira, houve uma avaria em uma linha de Matanzas que vai entre a Termoelétrica Guiteras e a subestação de Matanzas, o que fez com que os apagões aumentassem de Matanzas até as províncias mais orientais.

A essa avaria e a saída de uma unidade da Termoelétrica Diez de Octubre, soma-se a falta de combustível, que Guerra Hernández admitiu que "afetou muito".

“O tema do combustível tem afetado porque tivemos um nível de indisponibilidade grande devido ao combustível diesel e à geração distribuída, e isso fez com que a afetacão também aumentasse”, admitiu também o executivo, que disse que a situação deve melhorar em um prazo de cerca de cinco dias.

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