Militarizam o Parque Central de Havana para impedir iniciativa de dissidentes cubanos.

A denúncia da militarização foi feita pela ativista Lara Crofs no Facebook.

Parque Central en La Habana © Facebook/Lara Crofs
Parque Central em Havana.Foto © Facebook/Lara Crofs

O regime militar cubano militarizou o Parque Central de Havana com o objetivo de impedir a concentração realizada pelos dissidentes e opositores cubanos nos dias 18 de cada mês.

Os dias 18 de cada mês tornaram-se a data de terror da tirania. Antes, tinham um 27, depois um memorável 11 e agora são os 18, que também pretendem sequestrar Martí. Sim, porque como todos sabemos, eles se apossaram e manipularam a seu bel-prazer e conveniência quantos mártires e datas patrióticas foram necessárias para seus fins - denunciou a ativista cubana Yamilka Lafita, conhecida nas redes como Lara Crofs, em seu perfil no Facebook.

Captura de Facebook/Lara Croft

A denunciante compartilhou fotos do parque da capital, onde era possível ver policiais, militares, agentes da Segurança do Estado vestidos à paisana e participantes de um "ato inesperado, que nem os próprios organizadores sabiam dizer do que se tratava", disse.

Captura de Facebook/Lara Croft

Além disso, ele afirmou que "a intenção é uma só e muito clara, que não possamos chegar a Martí, que não possamos demonstrar apoio às professoras Alina Bárbara López Hernández e Jenny Pantoja Torres, ambas com cartas de restrição que as impedem de sair de suas casas, por exercerem seus direitos".

Na opinião dela, Yamilka sentenciou que o regime tem medo daqueles que não pensam da mesma forma que eles e demonstram isso através de atos de protesto.

"Uma vez mais evidencia-se o medo fétido de um sistema obsoleto e decadente, que destina milhares de dólares em recursos para reprimir, silenciar e controlar, mas são totalmente incapazes de fazer com que os serviços públicos funcionem normalmente", escreveu.

Particularmente sobre este 18 de julio recordó que se comemora o "Dia Internacional de Nelson Mandela" e este ano tem o lema, anunciado pelas Nações Unidas, de "A luta contra a pobreza e a desigualdade está em nossas mãos".

Eu, como cubana, desses tempos diria mais: A luta pela democracia e pela liberdade de nosso país está em nossas mãos", concluiu.

No dia 18 do mês passado de junho, a polícia cubana e a Segurança do Estado detiveram a acadêmica cubana Alina Bárbara López Hernández, que viajava de Matanzas para Havana nessa data todos os meses.

A professora foi libertada na tarde desse mesmo dia e sua filha, que permaneceu ativa no Facebook divulgando o caso, disse que, juntamente com Jenny Pantoja Torres, sua mãe teve que ir ao hospital para ser examinada pelos golpes que recebeu dos policiais cubanos.

Ao recordar os eventos, Alina Bárbara expressou que a polícia cubana aproveitou muito bem dois aspectos importantes. O primeiro foi terem sido parados antes da ponte de Bacunayagua, pois neste ponto de controle há câmeras e tudo fica gravado.

E em segundo lugar, a intenção de envolvê-la em um novo processo comum, que aparentemente não tenha conotações políticas.

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