Um traficante de pessoas teria estuprado sexualmente uma migrante cubana esta semana na fronteira México-Texas, informaram meios de comunicação locais.
Em uma entrevista da Super Channel 12 com o promotor do Distrito da Corte 293, Roberto Serna, foi revelado que no início da semana um coiote foi capturado pelo estado do Texas por estar envolvido no ataque sexual a um migrante da ilha.
O incidente teria ocorrido enquanto a mulher estava em uma casa segura na fronteira.
Segundo Serna, quando uma pessoa comete o crime de abuso sexual contra uma mulher, seja imigrante ou não, a sanção que enfrenta, desde que todas as evidências apontem para ele, vai desde liberdade condicional, cinco anos e até prisão perpétua.
Ele disse que no estado do Texas as pessoas são punidas sem distinção alguma.
Os oficiais que trabalham na investigação buscam a evidência existente, analisam-na para posteriormente formular as acusações e, no devido tempo, apresentá-las ao tribunal, explicou Serna.
Assegura que a sentença imposta ao responsável depende da gravidade do delito e de vários fatores, como as amostras de DNA.
É necessário aguardar os resultados do exame de DNA se a acusação for de estupro; ou se a vítima apenas sofreu abusos, então serão aplicadas sanções menores, explicou.
"Se le toma en cuenta todo porque pode ser que a vítima tenha mentido para que a autoridade a favoreça em seu status migratório, enfim, várias questões que devem ser revisadas", disse o juiz.
Muitas mulheres têm sido vítimas de violações, sequestros e tráfico de pessoas no contexto da crise migratória cubana, durante sua jornada em direção à fronteira dos Estados Unidos.
Em maio passado, as autoridades mexicanas desmantelaram uma rede de tráfico de mulheres que operava em cinco bares de Quintana Roo e onde havia uma migrante cubana e quatro venezuelanas submetidas à exploração sexual.
Dias depois desse fato, outras duas cubanas que estavam sendo exploradas sexualmente em Quintana Roo, México, foram resgatadas em uma operação conjunta da Procuradoria Geral do Estado e da Guarda Nacional.
Em fevereiro, a organização feminista Caminantas, que atende mulheres migrantes no México, alertou para um aumento nos casos de tráfico de mulheres cubanas, colombianas e venezuelanas.
Muitas mulheres chegam ao território mexicano com a promessa de um emprego ou depois de terem construído um relacionamento amoroso pela internet com homens mexicanos que as ajudaram financeiramente a elas próprias ou às suas famílias durante vários meses ou até anos, de acordo com o que María Ángel Vielma, membro de Caminantas, afirmou em entrevista à agência EFE.
Enquanto isso, a crise migratória cubana continua imparável. Um total de 17.563 cubanos entraram pelas fronteiras dos Estados Unidos durante o último mês de junho, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP).
Essa cifra, embora elevada, representa a menor receita nos primeiros nove meses do ano fiscal dos Estados Unidos (AF2024), que começou em 1º de outubro passado.
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