Um cubano exibiu a péssima qualidade do chamado "pão da bodega" na ilha, embora tenha deixado claro que sua família o consome, pois "o molhamos com água de açúcar".
Num vídeo publicado na rede social X pelo Observatório Cubano de Direitos Humanos, o cidadão afirmou: "Veja, pessoal, dizem que isto é um pão. Isto é de ontem", pode-se ouvi-lo dizer, enquanto o martela várias vezes.
Incluso mostrou uma segunda amostra. "Este é mais fino", comentou antes de mencionar que "isso se coloca em um frango e o frango fica enjoado", o que pode soar como uma brincadeira no meio do horror que as pessoas estão vivendo na ilha.
Apesar da conhecida má qualidade do produto fornecido pelo regime como parte da cota de abastecimento, o cubano, que não menciona seu local de residência, afirmou que o consome, mas "deixamos de molho por meia hora em água com açúcar".
Há apenas uma semana, várias imagens nas redes sociais demonstraram como a má qualidade do pão persiste em Santiago de Cuba.
O jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada expressou sua frustração no Facebook sobre a qualidade do pão na província oriental. "Acordo para tomar café da manhã e me deparo com isso! Se é assim que começam as primeiras refeições do dia, eu não gostaria de ver o restante", comentou.
Os seguidores do comunicador testemunharam a péssima qualidade e afirmam que, apesar das reclamações ao governo, as soluções para o problema não chegam. "Esta é uma história sem fim", disse uma pessoa.
Não se pode esquecer que em tempos de crise e escassez de farinha, em Cuba florescem os pães elaborados com os famosos "extensores" como a mandioca, a abóbora ou a batata-doce.
Justamente, o último tubérculo foi usado em Santiago para elaborar a massa do pão que o Estado vende de forma racionada pela cesta básica.
Em fevereiro, autoridades do Ministério da Indústria Alimentar anunciaram graves perturbações na entrega de pão, devido a atrasos na chegada dos carregamentos de trigo.
"Restrições financeiras associadas principalmente ao recrudescimento do bloqueio e às limitações logísticas que Cuba enfrenta para trazer trigo de mercados distantes são as causas essenciais do atraso na chegada de navios com o cereal", explicou um relatório do Noticiero Nacional de Televisión (NTV).
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