"Que vergonha, Cuba!": Turistas chineses sofrem desmaios no Aeroporto de Havana devido à falta de ar condicionado.

A comunicadora Elizabeth Cánova contou o calvário que viveu em uma viagem de Havana a Madrid. A jovem ganhou destaque por ser a repórter que se tornou viral com a reportagem sobre Marianao e aquela frase dos entrevistados que perdurará no tempo: “Marianao está rico, Marianao é para curtir”.


A jornalista cubana Elizabeth Cánova relatou as diversas vicissitudes que enfrentou durante sua viagem de Havana a Madri, incluindo testemunhar os desmaios de turistas chineses no terminal 3 do Aeroporto Internacional José Martí na capital da ilha.

Através de sua conta na rede social Instagram, a apresentadora e modelo começou dizendo que "esse era um vídeo que não queria gravar, porque é se aproveitar da desgraça alheia, mas que vergonha Cuba".

Após uma breve introdução, Cánova explicou que desde a sua chegada não havia ar condicionado: "Imaginem com o calor que faz em Cuba, somado às horas de espera devido ao sistema estar em colapso, as consequências que isso trouxe".

"A pessoa começou a desmaiar e como havia tantas pessoas nessas condições, os médicos não deram conta. Tivemos os próprios cubanos para prestar assistência aos chineses", afirmou.

Além disso, a apresentadora do programa de TV Lucas relatou que o processo de check-in foi feito à caneta, totalmente manual, resultando em um atraso de duas horas no voo.

E, além disso, criticou a atitude das trabalhadoras da Alfândega, pois "presumiram um contêiner cheio de garrafas de rum que tinham confiscado dos passageiros" antes de embarcar no avião.

A experiência negativa também não terminou após a longa decolagem: "Quando chegamos a Madrid, tinham aberto nossas malas", disse, embora tenha esclarecido que "nada foi retirado".

Nascida em Santiago de Cuba, Cánova alcançou destaque por ser a repórter do Canal Habana que se tornou viral com a reportagem sobre Marianao (município da capital) e aquela frase dos entrevistados que perdurará no tempo: "Marianao está rico, Marianao é para se divertir".

Em busca de declarações sobre o ato do dia 26 de julho na ilha, a jornalista encontrou o que o oficialismo exige: referências positivas, e um casal de jovens elevou o sarcasmo a níveis desconhecidos.

"Há de tudo, comida, água, há eletricidade, de tudo. Não cortam a luz, temos água 24 horas. A população, o frango nos dão quantidade, todos os dias temos frango, não fazemos fila, estão pintando tudo para nós", mencionou Cánova, que transmitiu a mensagem de que este local era "o melhor".

Por outro lado, a situação no Aeroporto Internacional José Martí não é nada nova. Há três dias, um homem sofreu um golpe de calor e teve de ser ajudado por várias pessoas no meio de um terminal que está longe de apresentar as condições necessárias para a permanência ou espera dos passageiros.

No último fim de semana, Irán Cueto Carmona, diretor geral do terminal aéreo, apareceu em um vídeo explicando que estão trabalhando ativamente para resolver a falta de ar condicionado.

A quase dois meses desde que as primeiras reclamações sobre os problemas de climatização no aeroporto surgiram nas redes sociais, Cueto explicou que estão montando "um grupo de cobertura" que complementaria o sistema principal de resfriamento do referido terminal.

Desde maio, CiberCuba já vinha divulgando as contínuas denúncias nesse sentido, algo quase incrível se considerarmos que se trata do principal porto de entrada para a maior das Antilhas, embora diversas fontes revelem que o problema será resolvido nas próximas horas.

Visto assim, Elizabeth Cánova tem muita razão: "Que vergonha Cuba!".

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