Irán Cueto Carmona, diretor-geral do Aeroporto Internacional José Martí, apareceu em um vídeo explicando que estão trabalhando ativamente para resolver a falta de ar-condicionado no principal aeroporto do país.
A quase dois meses de terem surgido as primeiras reclamações nas redes sociais sobre os problemas de climatização no aeroporto, Cueto Carmona explicou que estão montando "um grupo de cobertura" que complementaria o sistema principal de resfriamento do referido terminal.
Embora o executivo não tenha explicado em seu vídeo, um rooftop é um equipamento de climatização de expansão direta que é usado para climatizar e ventilar um espaço interior fechado, podendo gerar calor ou frio dentro da mesma unidade. Ele é instalado nos telhados e a distribuição do ar para o interior é feita através de dutos.
Irán Cueto Carmona indicou que os "problemas" com o sistema de climatização do Terminal 3 do Aeroporto Internacional José Martí originaram-se de uma avaria, da qual também não ofereceu detalhes.
Atualmente, está-se trabalhando arduamente para resolver esta situação no menor tempo possível. Estão sendo desenvolvidas ações de importação de peças e equipamentos. Com isso, alcançaríamos uma maior cobertura e confiabilidade do sistema de resfriamento deste terminal - indicou o executivo.
No segmento final de sua explicação, Cueto Carmona pediu desculpas pelas inconveniências causadas aos passageiros e a todo o pessoal que de alguma forma utiliza os serviços da terminal.
"Esperamos que nos próximos dias haja uma melhora no sistema de clima do nosso terminal", concluiu o diretor do Aeroporto, que não antecipou uma data provável para o retorno do importante serviço, cuja necessidade aumentou com a chegada do verão.
A tardia explicação da máxima autoridade do Aeroporto chega quase dois meses após a quebra, possivelmente por ordem do ministro dos Transportes, Eduardo Rodríguez Dávila, que é sem dúvida o ministro cubano que mais se expõe aos cidadãos e que, nos últimos dias, visitou a instalação em busca de respostas.
"Forças de diferentes entidades e organismos apoiam a equipe do aeroporto nestes trabalhos e as ações estão sendo aceleradas para atenuar nos próximos dias as altas temperaturas, aumentando gradualmente a capacidade de refrigeração do sistema", escreveu Rodríguez Dávila em 4 de julho, fazendo referência a "investimentos mais abrangentes que aumentarão a capacidade e estabilidade do sistema".
A meados de maio, as redes sociais entraram em erupção quando foi revelado que, com temperaturas acima de 32 graus Celsius, o Aeroporto Internacional José Martí estava operando sem ar-condicionado.
No dia 14 e 15 de maio, os trabalhadores da Terminal Aérea 3 relataram no Facebook que estavam trabalhando sem descanso para resolver os problemas que surgiram no sistema de ar condicionado.
A falta de ar-condicionado é recorrente no Aeroporto de Havana, causando desconforto tanto para os funcionários que trabalham na instituição quanto para os viajantes que a visitam obrigatoriamente.
Desde 2021, várias ações de reparação foram realizadas nesse aeroporto, as quais, segundo as autoridades, resultaram em "melhorias significativas" nas infraestruturas, incluindo os sistemas de ar condicionado.
A Alfândega de Cuba até indicou que tinham capacidade para atender a um maior número de viajantes. Houve renovação de pisos, pintura e outros trabalhos de restauração no antigo edifício, mas os problemas ressurgem.
As ações de manutenção não resolveram questões como vazamentos nos tetos, que se tornam evidentes a cada chuva, deixando uma impressão desfavorável.
As autoridades têm discutido repetidamente a necessidade de expandir o Terminal 3, que recebe voos internacionais da Europa e de outras regiões. Apesar da urgência reconhecida, isso requeriria um investimento milionário e a atual crise econômica do país apresenta desafios para a sua realização.
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