Reportam-se a morte de mais dois mercenários cubanos na invasão russa à Ucrânia.

Documentos encontrados na frente da guerra ucraniana permitiram a identificação dos cubanos mortos.

Denis Frank Pacheco Rubio © Facebook/Denis Frank Pacheco Rubio
Denis Frank Pacheco RubioFoto © Facebook/Denis Frank Pacheco Rubio

Denis Frank Pacheco Rubio, a 42-year-old man from Santa Clara, was identified as another one of the Cuban mercenaries who died in Russia's invasion of Ukraine.

Sua esposa, residente na cidade de Santa Clara e que pediu para manter o anonimato, confirmou a trágica notícia para a rede de televisão Telemundo.

Captura de tela/Alexis Boentes - Telemundo 51

"Tomou a decisão contra os desejos de sua família. Prometeram-lhe cerca de 2.000 dólares e um passaporte em troca de trabalhar nas cidades já ocupadas pelos russos, no entanto, a realidade foi diferente: recebeu um treinamento militar de 15 dias e foi enviado para a linha de frente", disse a esposa angustiada e mãe de uma filha em comum com o falecido.

Em uma entrevista recente, Kirill Veres, tenente-coronel do exército ucraniano, aumentou a angústia desta família ao mostrar documentos de cubanos alistados no exército russo, e que foram aniquilados pelas forças ucranianas.

"Recebemos dois cubanos que, infelizmente, já não estavam vivos. Se estivessem, teria ido conhecê-los", comentou o alto militar ao jornal Ukrainska Pravda. O oficial também mostrou fotografias dos documentos de identidade dos dois soldados supostamente falecidos em combate em 20 de junho, a leste da Ucrânia, como relatado pela Telemundo.

Tratava-se de um cartão de identidade e de uma carta de condução, um dos quais pertencia a Denis, o outro não pôde ser identificado.

Como muitos cubanos na sua situação, Denis tinha grandes aspirações de sair da pobreza e melhorar a vida da sua família, especialmente para a sua filha de oito meses. A sua esposa afirma que ele “apenas cumpriu o serviço militar obrigatório em Cuba”.

A angústia desta cubana aumenta ao pensar que sua filha terá uma vida sem seu pai biológico. "Não sei o que direi no futuro quando ela perguntar sobre seu pai. É algo que sofro todos os dias. Embora não tenha tomado a decisão correta, precisamos saber o que aconteceu com ele, como morreu e em que condições", declarou.

Santa Clara é uma das cidades que sofreu uma migração em massa de jovens recrutados por Moscou na invasão à Ucrânia.

Há um mês, Camilo Ochoa, um barbeiro de 34 anos que trabalhava no bairro El Condado de Santa Clara, foi identificado como um dos mercenários cubanos falecidos a serviço da Rússia.

A irmã dele, Bárbara Ochoa, que mora em Santa Clara, confirmou a trágica notícia à Martí Noticias. "Não sabemos praticamente nada sobre ele. Nossa irmã, que está na Rússia, está cuidando de todos os trâmites. Ele tinha um mês restante em seu contrato na guerra", comentou.

Um mês antes, foi notificado o falecimento de Eduardo Montero Martínez, nascido em 1º de junho de 1978 na cidade de Cienfuegos.

Famílias cubanas afirmam que muitos jovens foram enganados com contratos de trabalho que prometem empregos na construção, mas ao chegarem em Moscou são enviados para a linha de frente de batalha.

Apesar dessas denúncias contínuas, o governo tem se limitado a negar sua participação nesse tipo de recrutamento, mas não têm escondido sua simpatia por um fato que é condenado pela comunidade internacional.

Em uma visita à capital russa, Miguel Díaz-Canel, governante da ilha, declarou ao presidente Vladimir Putin seu desejo de sucesso na invasão à Ucrânia.

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