O governador do estado mexicano de San Luis Potosí, Ricardo Gallardo, anunciou que dois hospitais serão reabilitados para receber 80 novos médicos cubanos, continuando assim com a polêmica contratação de profissionais de saúde provenientes da ilha caribenha, uma medida que tem gerado considerável mal-estar na região.
Na opinião de Gallardo, com a chegada dos médicos de Cuba, que se juntarão aos médicos mexicanos, a atenção às famílias melhorará, conforme informou o Noticiero Edición 21 Rioverde.
O governador de San Luis Potosí indicou que, com os médicos cubanos, os hospitais terão especialistas de diferentes áreas, e mostrou essa contratação como um avanço na atenção médica no estado e nos serviços de saúde prestados à população, apesar das objeções dos médicos locais em relação a esses acordos entre Cuba e México.
Gallardo explicou que vão reabilitar dois hospitais, primeiro o de Ríoverde e depois o de Ciudad Valles.
Do primeiro, ele disse que está praticamente terminado: "Com mais de 200 milhões de pesos investidos, com uma equipe de alto nível, um tomógrafo que supera o do Hospital Central, pela inovação tecnológica, com ressonâncias magnéticas mais recentes, estamos atualmente trabalhando nas fachadas, todas as cirurgias tinham que ser transferidas para a capital potosina".
Em maio passado, o líder Miguel Díaz-Canel Bermúdez se reuniu com Zoé Robledo Aburto, diretor-geral do Instituto Mexicano de Seguro Social (IMSS), para finalizar os acordos relativos ao contrato de 1.200 médicos cubanos no México.
A reunião focou em fortalecer a cooperação médica entre Cuba e México. O objetivo de ambos os governos é assinar um contrato sem precedentes.
No entanto, a iniciativa, embora tenha sido apresentada como uma solução para a escassez de profissionais de saúde nas regiões mais rurais do México, tem recebido críticas entre os profissionais da área da saúde.
Recentemente, a presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, informou que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, e anunciou que continuará contratando médicos da ilha caribenha, apesar das fortes críticas que qualificam esse programa como uma forma de financiamento do regime ditatorial cubano.
Durante o encontro, Sheinbaum disse que discutiram vários temas, incluindo a possibilidade de continuar trazendo médicos cubanos para o México, pelo menos durante o primeiro ano de sua administração (2024-2030), relatou a agência EFE.
Nos reunimos com o ministro das Relações Exteriores cubano, sabem que Cuba é uma nação irmã, e discutimos, por exemplo, o apoio que nos estão dando com os médicos cubanos, poder mantê-lo para o próximo ano e alguns outros temas importantes da relação México-Cuba," disse Sheinbaum.
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