Segurança do Estado ameaça prender o jornalista José Luis Tan se ele sair de casa no dia 11 de julho.

Dois agentes do regime informaram-lhe que não poderia estar em locais públicos nem fazer publicações no próximo 11 de julho. O ativista não se intimidou e reafirmou o seu compromisso com o jornalismo independente e a sua determinação de não virar as costas às injustiças.

José Luis Tan © Facebook/José Luis Tan
José Luis TanFoto © Facebook/José Luis Tan

O jornalista e ativista cubano José Luis Tan foi detido arbitrariamente na sexta-feira pela Segurança do Estado na província de Camagüey e recebeu ameaça de ser preso caso faça qualquer movimento contra o regime no próximo 11 de julho (11J).

Através da rede social Facebook, Tan relatou que a detenção ocorreu enquanto ele estava se conectando à internet no Parque Agramonte, quando uma agente identificada como "Laura" se aproximou, tirou o celular dele e o intimidou com a possibilidade de prendê-lo se gritasse.

Publicação do Facebook/José Luis Tan

Segundos depois, o ativista foi levado em uma viatura para a Terceira Unidade da Polícia Nacional Revolucionária e, uma vez no local, "Laura" e outro agente conhecido como "Marcelo", lhe deram várias advertências.

Durante o interrogatório, foi-lhe comunicado que não poderia estar em locais públicos nem fazer publicações em 11 de julho, acusando-o de ser um "líder negativo" na província.

Apesar de receber uma carta de advertência, o ativista recusou-se a assiná-la e foi ameaçado de ser processado por desobediência e desacato se não cumprisse com as ordens.

Apesar da enésima situação desagradável contra sua pessoa, Tan não se intimidou e reafirmou seu compromisso com o jornalismo independente e sua determinação de não virar as costas para as injustiças.

Na verdade, o comunicador, que também publicou um vídeo para explicar a situação, foi preso no final de abril e início de maio sem motivo, o que mobilizou os cubanos que lutam pela liberdade e o regime não teve outra opção senão libertá-lo.

O jovem faz parte de um grupo de ativistas pelos direitos humanos, familiares de presos políticos e jornalistas em Camagüey, que propuseram seis passos que consideram essenciais para salvar o povo cubano da atual crise econômica e libertá-lo da tirania.

Entre as medidas está o respeito e apoio às manifestações pacíficas, a eliminação de todas as barreiras que freiam a economia e a libertação dos presos políticos, bem como o fim de qualquer tipo de assédio.

O grupo exigiu também o uso adequado dos recursos estatais desperdiçados em repressão e propaganda política, a eliminação do controle do Partido Comunista sobre a Constituição e a realização de eleições verdadeiramente democráticas em um prazo não superior a seis meses.

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