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Nancy Pérez-Crespo: A jornalista comprometida com a causa do exílio cubano em Miami.

Nancy Pérez-Crespo, jornalista e promotora cultural, faleceu em Miami na semana passada. Seu legado é fundamental para entender a cultura literária e artística da cidade.

Nancy Pérez-Crespo © AmericaTeVeCanal41
Nancy Pérez-CrespoFoto © AmericaTeVeCanal41

Nancy Pérez-Crespo, jornalista, editora e promotora cultural, faleceu em Miami aos 84 anos. A sua morte deixa um vazio profundo na comunidade literária e artística da cidade.

Era conhecida pela sua firmeza e por ser uma pioneira em múltiplos domínios, destacando-se pelo seu compromisso com a justiça e a causa cubana.

Quem foi Nancy Pérez-Crespo?

Nasceu em Cueto, Holguín, em 1940. Exilou-se nos Estados Unidos em 1965. Foi uma figura chave na recente história cultural de Miami, assim como uma voz proeminente no jornalismo independente cubano.

Esta destacada comunicadora construiu uma carreira dedicada a servir aos outros, abrangendo desde a promoção cultural até o apoio humanitário.

Suas livrarias e espaços culturais, como SIBI, tornaram-se epicentros da vida intelectual de Miami, reunindo figuras como Lidia Cabrera, Guillermo Martínez Márquez e Mario Vargas Llosa.

Além disso, Nancy destacou-se por apoiar os escritores e artistas do êxodo de Mariel e os novos exilados da crise dos balseros de 1994.

Foi uma das fundadoras da agência de notícias cubana Nueva Prensa Cubana (NPC), apoiando jornalistas independentes e promovendo o reconhecimento internacional do movimento de imprensa livre na ilha.

Durante a repressão da Primavera Negra, a sua voz e ações foram cruciais, incluindo a organização de esforços internacionais e publicações que tornaram visível a situação dos presos políticos.

O seu legado também engloba um vasto arquivo de documentos históricos e arte que preservam a memória cultural cubana. No seu programa de rádio "Segundas-feiras de Comunicação com Cuba", entrevistou figuras-chave da dissidência, defendendo os seus direitos e necessidades.

Nancy Pérez-Crespo será lembrada não apenas por sua contribuição para a cultura e o jornalismo, mas também por sua generosidade e hospitalidade, que deixaram uma marca indelével em todos que a conheceram.

A sua vida e obra continuarão a inspirar as futuras gerações na luta pela liberdade e justiça em Cuba.

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