Um jovem cubano de apenas 19 anos faleceu esta semana em Santiago de Cuba por alegada negligência médica, depois de uma peritonite ter sido diagnosticada como dengue, conforme denunciado por sua família em declarações ao jornalista Yosmany Mayeta.
Levamos ele para o hospital para ser atendido e inicialmente o mandaram de volta para casa, mas como ele continuava mal, o levamos novamente e o encaminharam para Grillo, pois disseram que era dengue", disse um parente à fonte citada.
"Disseram-nos que era uma peritonite e ele foi operado, mas acabou por falecer", acrescentou.
Aquele menino estava com dor no apêndice há mais de uma semana e estava até reclamando da dor, mal conseguia andar. Levaram-no para o hospital e o mandaram de volta para casa sem fazer um diagnóstico correto", disse uma vizinha.
"A verdade é que ele era muito querido por todos. Imagine como está o bairro. Estamos todos deprimidos", lamentou.
O jovem falecido, chamado Vladimir Hechabarría, foi velado em sua casa.
Um vídeo divulgado nas redes sociais pelo referido jornalista mostrou inúmeras pessoas chorando e angustiadas dentro de uma residência onde o corpo do jovem falecido, que completara 19 anos em novembro, estava sendo velado.
Vladimir foi despedido nesta quinta-feira por dezenas de pessoas que acompanharam seu caixão até o cemitério.
Peço às autoridades de Saúde Pública de Santiago de Cuba que esclareçam esta triste morte de uma pessoa tão jovem", concluiu o comunicador, que enviou condolências à família.
No comentário da publicação, dezenas de internautas enviaram condolências pela morte prematura do jovem, ao mesmo tempo que vários relataram ter sido eles mesmos ou familiares próximos vítimas de negligência médica.
Outros confirmaram que ultimamente - devido à proliferação desse vírus no país - existe uma tendência exagerada de considerar quase qualquer sintoma como um indicativo de dengue.
Nos últimos anos, tem havido um aumento nas denúncias de negligência médica em Cuba - muitas delas com desfecho trágico - dentro de um contexto de escassez acentuada de suprimentos e de uma fuga constante de profissionais de saúde, tanto para o exterior quanto para outras áreas de trabalho mais lucrativas dentro do país.
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