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A juíza cubana tem a primeira audiência para asilo nos Estados Unidos.

A mulher encarcerou quatro jovens com menos de 30 anos por protestarem em Encrucijada.

Jueza © Facebook
JuízaFoto © Facebook

A juíza de Villa Clara, Melody González Pedraza, compareceu nesta quarta-feira à sua primeira audiência de asilo nos Estados Unidos, depois de ter chegado ao país com o status de liberação humanitária e de as autoridades de Tampa terem negado sua entrada.

A jurista – envolvida na condenação por "atentado" de quatro jovens cubanos – solicitou asilo político depois de chegar a Tampa com uma autorização de viagem e um salvo-conduto humanitário e atualmente está detida em Broward aguardando uma sentença judicial, informou o advogado Santiago Alpízar à Martí Noticias.

"Foi agendada uma audiência de mestrado para o dia 31 de julho, às 13h. Lá, terá que mostrar ao juiz Barry S. Chait quais são os méritos para obter asilo político, que, na minha opinião, não os tem", disse Alpízar, diretor da ONG Cuba Demanda.

Quando as autoridades de Tampa negaram a entrada no país, a mulher viu-se obrigada a pedir asilo político.

Segundo o portal de notícias citado, González Pedraza assinou sentenças de prisão contra quatro jovens com menos de 30 anos que, em 18 de novembro de 2022, lançaram cocktails molotov contra as casas de chefes da polícia e funcionários do regime no município de Encrucijada.

Foi um julgamento manipulado pela Segurança do Estado, semelhante aos processos dos manifestantes do 11 de Julho, e baseou-se em declarações de agentes do regime, sem garantias para o devido processo, informou a publicação.

Finalmente, a juíza impôs quatro anos de prisão a Andy Gabriel González Fuentes, Eddy Daniel Rodríguez Pérez e Luis Ernesto Medina Pedraza, enquanto que a um quarto acusado, Adain Barreiro Pérez, o condenou a três anos de prisão. Todos foram condenados pelo crime de atentado.

As mães dos prisioneiros, em Cuba, expressaram seu descontentamento com a concessão de liberdade condicional, apontando as injustiças cometidas pela juíza.

Embora alguns cúmplices do regime cubano, como as sobrinhas do primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz, tenham se beneficiado do parole humanitário, as constantes denúncias do exílio cubano têm impedido que outros se aproveitem desse benefício migratório para se estabelecer nos Estados Unidos.

Atualmente, uma procuradora de Camagüey está solicitando um visto para emigrar para os Estados Unidos através da aplicação CBP One, depois de ter feito parte da máquina repressora do regime cubano que encarcerou mais de mil manifestantes pacíficos em 11 de julho de 2021 (11J).

Trata-se de Rosabel Roca Sampedro, que era procuradora do Tribunal Municipal de Camagüey antes de emigrar para o México com sua filha, país do qual está solicitando entrada nos EUA, conforme apurou a Martí Noticias.

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