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Reunião de militares e líderes cubanos com ar-condicionado a 17 graus.

A enésima denúncia sobre esta situação veio à tona na plataforma X, espaço utilizado pelo jornalista Mario Pentón para expor a hipocrisia daqueles que definem o futuro de um povo que sofre com cada uma das más decisões do regime comunista.

Reunión de dirigentes cubanos © X/@EAACayoCoco
Reunião de líderes cubanosFoto © X/@EAACayoCoco

Apesar da grave crise energética em Cuba e dos constantes apagões em todas as províncias, os militares e líderes cubanos realizam suas reuniões com os aparelhos de ar condicionado no máximo de sua capacidade e, em seguida, pedem às famílias para "economizar eletricidade" e "resistir de forma criativa".

A enésima denúncia sobre esta situação surgiu na plataforma X, espaço utilizado pelo jornalista Mario Pentón para expor a duplicidade daqueles que definem o futuro de um povo que sofre com cada uma das más decisões do regime comunista.

"Pedem às pessoas que economizem e as bombardeiam com apagões, mas os militares e líderes cubanos não conseguem viver sem ar-condicionado. Aqui os têm, em Ciego de Ávila, reunidos com os equipamentos no máximo da capacidade, a 17 graus celsius. Enfim, a hipocrisia", escreveu o comunicador.

Depois de várias investigações, CiberCuba descobriu que a reunião ocorreu no Aeroporto Internacional Jardines del Rey, em Cayo Coco, com a presença de altos funcionários da Defesa Civil para discutir questões relacionadas a desastres naturais.

Há poucos dias, o comandante castrista Ramiro Valdés convocou a "fazer uso racional da energia em cada lugar onde estão", e a União Elétrica (UNE) reforçou o pedido no Facebook: "Apenas desligando uma luz desnecessária, poderíamos ajudar muito a aliviar o peso sobre os ombros de Cuba, um país que está fazendo todo o possível para sair da situação atual, em prol do bem-estar do povo".

Publicação do Facebook/Unión Eléctrica UNE

A mesma UNE mantém uma campanha feroz nesse sentido, a ponto de solicitar aos habitantes de Havana que adotem a economia como uma prática de vida para evitar as interrupções irritantes. No entanto, parece que essas mensagens não são direcionadas aos líderes ou simplesmente não lhes interessam.

Publicação do Facebook/Unión Eléctrica UNE

O certo é que os cubanos suportam cortes de até 20 horas diárias, o que torna impossível uma vida normal. Os apagões se devem principalmente à falta de investimento e manutenção na infraestrutura elétrica do país, bem como à dependência de combustíveis importados para gerar energia.

Acima, o próprio presidente Miguel Díaz-Canel admitiu em seu novo espaço no YouTube que não há garantias de que os meses de verão transcorram sem afetações no serviço elétrico.

Díaz-Canel reiterou o que foi anunciado pela Unión Eléctrica semanas atrás, de que os cortes aumentariam devido ao aumento das atividades de manutenção nas usinas termoelétricas, a fim de tentar garantir o serviço em julho e agosto.

"Vamos a ter manutenções prolongadas até o mês de junho para minimizar o incômodo dos apagões no verão, especialmente nos meses de julho e agosto", indicou o governante do país.

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