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Morre um mendigo cubano enquanto dormia em um portal de Artemisa.

Aparentemente o homem morreu na madrugada desta quinta-feira.

Mendigo encontrado muerto © ICLEP
Morador de rua encontrado mortoFoto © ICLEP

Um mendigo cubano identificado como Ricardo faleceu durante a madrugada de terça-feira em um portal da Calle Central da cidade de Artemisa, informou nesta quinta-feira o Instituto Cubano de Liberdade de Expressão e Imprensa (ICLEP).

De acordo com uma publicação no Facebook, a entidade indicou que o homem costumava passar a noite no pátio da unidade estatal Copa Roja, localizada na Rua Central, em Artemisa, e foi encontrado morto na terça-feira.

"Ele estava rígido quando eu o chamei, parece que morreu de madrugada", contou outro morador de rua que também passa as noites naquele local.

"Não sei a quem avisar, ele nunca me disse que tinha família", disse o homem, que se tornara amigo do falecido.

Publicação emFacebook

A fonte não teve acesso a mais detalhes do ocorrido.

Vários cubanos comentaram a publicação e denunciaram o desamparo estatal que os idosos e grupos vulneráveis sofrem.

"Assim está o abandono dos idosos, recentemente uma idosa faleceu em um hospital totalmente desassistida pela instituição hospitalar", disse uma internauta.

Em março passado, outro homem sem-teto foi encontrado morto em um canto da cidade de Holguín e seu corpo ficou sem ser removido do local horas após a descoberta, conforme denúncias de testemunhas.

Na véspera, o regime cubano anunciou um plano para remover os "vadios" das ruas, que aumentaram significantemente devido às últimas e fracassadas políticas econômicas do governo.

Nas ruas onde pululam doentes mentais, idosos, pessoas com deficiência e alcoólatras, o fenômeno é uma realidade que o governo de Miguel Díaz-Canel não pode esconder e, portanto, o Conselho de Ministros aprovou em maio passado a atualização da política para sua atenção, após 10 anos de instituída.

A norma renovada ratifica a "responsabilidade dos Conselhos de Administração Municipal na prevenção, atenção, controle, acompanhamento e tomada de decisões" em relação às pessoas que apresentam "comportamento vagante", explicou a Ministra do Trabalho e Seguridade Social, Marta Elena Feitó Cabrera.

A mendicidade em Cuba é uma realidade que o governo não pode esconder, como fazia em tempos passados. Os números de um ano para o outro mostram aumentos significativos na extrema pobreza na ilha.

Segundo o Ministério do Trabalho e Segurança Social (MTSS), em Cuba foram registadas 3.690 pessoas sem-teto entre os anos de 2014 e 2023, conforme reportagem do jornal oficialista Trabajadores de abril passado.

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