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Elevam-se para 23 os casos de feminicídio durante este ano em Cuba.

A vítima era uma mulher de Guantánamo, mãe de três filhas.

Feminicidios (imagen de referencia) © Internet
Feminicídios (imagem de referência)Foto © Internet

Plataformas feministas independentes elevaram nesta quarta-feira para 23 o número de feminicídios verificados em Cuba até o momento deste ano.

A vítima, Aniuska Hernández Ginard, de 49 anos, casada e mãe de três filhas, foi assassinada dentro da sua própria casa em Guantánamo na terça-feira, 4 de junho, por um vizinho com histórico de violência machista e assassinato, informaram o Observatório de Gênero de Alas Tensas (OGAT) e a plataforma feminista Yo Sí Te Creo en Cuba (YSTCC).

O agressor foi identificado por outros vizinhos como Rafael Rivera Hechavarría, conhecido como "El Niño", e encontra-se atualmente foragido, conforme uma publicação no site oficial da OGAT.

A filha mais nova de Hernández Ginard, de apenas sete anos, testemunhou o crime. A vítima também tinha outras duas filhas, uma de 12 anos e outra de 20 anos.

Este feminicídio é o primeiro verificado em Guantánamo até agora este ano. Em 2023, foram registradas cinco mortes violentas de mulheres nesta província.

De acordo com as plataformas, em 2024 foram registrados um total de 23 feminicídios em Cuba, juntamente com três tentativas de feminicídio e seis crimes ainda não esclarecidos em Villa Clara, Havana e Santiago de Cuba.

A diretora do OGAT, Ileana Álvarez, aponta que, embora o número de feminicídios verificados este ano seja inferior ao do ano passado, quando foram registrados 89, não significa necessariamente uma diminuição nos casos.

Álvarez indicou que o governo tem pressionado os familiares das vítimas para impedir que denunciem publicamente as mortes de seus familiares, o que tem dificultado o registro e a triangulação de denúncias por parte dos observatórios.

A nota explica que ambos observatórios verificaram feminicídios em nove províncias. A maior incidência desses crimes está em Camagüey (cinco casos), Santiago de Cuba (quatro) e Holguín e La Habana (três cada um).

Este ano também houve o assassinato de um homem por motivos de gênero, e as plataformas feministas estão trabalhando na verificação de alertas de feminicídio em Havana, Artemisa, Camagüey e Santiago de Cuba, detalharam OGAT e YSTCC, que na semana passada verificaram mais três feminicídios em Holguín, Cienfuegos e Santiago de Cuba.

A falta de dados oficiais claros e transparentes continua a ser um desafio para as organizações que trabalham na verificação e denúncia desses crimes em Cuba, destacaram.

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