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Turistas canadenses entre os 26 feridos no acidente fatal de autocarro da Transgaviota.

Embora as autoridades e a imprensa oficial do regime cubano tenham ficado em silêncio sobre a nacionalidade e a identidade dos turistas feridos, a informação foi publicada nesta segunda-feira por veículos de comunicação do Canadá.

Imágenes del accidente © Facebook / Accidente Buses & Camiones
Imagens do acidente.Foto © Facebook / Acidente Ônibus e Caminhões

Turistas canadianos que viajavam no ônibus da Transgaviota envolvido no acidente na tarde de domingo ficaram feridos no incidente em que o motorista do outro veículo envolvido perdeu a vida, e que deixou um saldo de 26 feridos.

Embora as autoridades e a imprensa oficial do regime cubano tenham permanecido em silêncio sobre a nacionalidade e identidade dos turistas feridos, a informação foi divulgada nesta segunda-feira por meios de comunicação canadianos.

O incidente ocorreu no último domingo perto do aeroporto de Santa Clara, onde um ônibus da empresa Transgaviota, que transportava 38 passageiros, foi atingido por um veículo que vinha na direção oposta, resultando na morte imediata do motorista cubano.

O acidente, que chamou a atenção internacional, envolveu principalmente turistas de Quebec que estavam a bordo do voo TS715 com destino a Montreal. De acordo com a TVA Nouvelles, a companhia aérea Air Transat informou que alguns dos feridos retornariam ao Canadá na noite desta segunda-feira, enquanto outros o farão em um voo adicional programado para terça-feira.

"Estamos tentando repatriar os viajantes envolvidos o mais rapidamente possível", declarou um porta-voz da Air Transat ao referido meio. Segundo o previsto, os viajantes que chegariam nesta segunda-feira ao Canadá passariam a noite em Toronto antes de voar para Montreal no dia seguinte, enquanto o avião que sairá de Cuba nesta terça-feira seguirá diretamente para Montreal.

Queixas por falta de apoio

Ao longo da segunda-feira, as reclamações sobre a falta de apoio e informação por parte da companhia aérea tornaram-se cada vez mais intensas entre os familiares e amigos dos turistas de Quebec envolvidos no acidente.

Michaël Truchon, um cidadão de Quebec cuja amiga e sua filha de 9 anos estavam envolvidas no incidente, expressou sua frustração: "Viajei várias vezes com a Air Transat, é uma empresa em que confiava, mas aqui acho o suporte muito deficiente, até mesmo inaceitável, dada a situação. Annie precisa voltar para Quebec o mais rápido possível para receber o atendimento adequado. Os médicos em Cuba são muito bons, mas seus recursos são limitados".

A companhia aérea não especificou quantos dos 38 passageiros serão repatriados até terça-feira. "Nosso objetivo é que todos retornem ao país o mais rápido possível, mas não podemos confirmar que os 38 passageiros retornarão amanhã", disse o porta-voz.

Esta incerteza tem causado preocupação entre os familiares e amigos dos afetados, que insistem na necessidade de um retorno rápido para receber tratamentos médicos mais completos em seu país de origem.

Por sua vez, embora as autoridades locais em Cuba tenham se apressado em fornecer atendimento médico aos canadenses feridos (foi relatada uma grande frota de ambulâncias em perfeito estado no local do incidente), se esforçaram para omitir informações sobre a identidade e nacionalidade dos feridos.

Outro caso que aumenta o descredito do "destino Cuba" no Canadá e no mundo.

O incidente ocorrido neste domingo com o ônibus da Transgaviota que ia de Cayo Santamaría para o Aeroporto Internacional Abel Santamaría, incidente que deixou um grupo significativo de turistas canadenses feridos, soma-se a outros eventos que têm causado choque e preocupação entre agências de viagens, governos e turistas internacionais.

O caso mais recente e famoso foi o do turista canadense Faraj Allah Jarjour, que faleceu em 22 de março em Cuba enquanto estava de férias em Varadero com sua família, e cujo corpo foi repatriado para a Rússia enquanto as autoridades cubanas enviavam o corpo de um cidadão russo para o Canadá.

O escândalo internacional provocado pelo erro grave obrigou o regime cubano a pedir desculpas publicamente pelo erro. Outros casos de turistas feridos ou falecidos em Cuba nos últimos tempos também foram relatados pela mídia independente após este incidente trágico.

Além disso, o acidente deste domingo também levantou questões sobre a segurança viária em Cuba, um país que recebe milhões de turistas anualmente. Embora os acidentes de trânsito sejam comuns, este caso destacou a necessidade de melhorar as condições das estradas e a formação dos condutores para evitar futuras tragédias.

O fatal acidente que envolveu turistas de Quebec em Cuba volta a soar os alarmes no Canadá, um dos principais países emissores de turistas para Cuba.

Enquanto a Air Transat trabalha para repatriar os feridos o mais rápido possível, a falta de apoio e a incerteza sobre o retorno de todos os passageiros têm gerado uma onda de críticas e preocupações sobre a segurança das infraestruturas turísticas da Ilha, bem como sobre o comportamento e a transparência das autoridades cubanas.

Pertencente ao Grupo Gaviota e sob o guarda-chuva do Grupo de Administração Empresarial S.A. (GAESA), controlado pelos militares do regime cubano, a empresa Transgaviota se absteve de oferecer explicações sobre o ocorrido, seguindo a típica opacidade das autoridades diante de eventos dessa natureza, que afetam seus interesses e investimentos no setor de turismo.

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