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Investidores latinos: Colombianos e argentinos dominam mercado imobiliário de Miami.

O mercado imobiliário da Flórida tornou-se um ímã para latinos que procuram proteger seu patrimônio e diversificar seus investimentos.

Central Downtown Miami © Wikimedia Commons
Centro de Downtown de MiamiFoto © Wikimedia Commons

Os latinos aumentaram sua presença no mercado imobiliário de Miami, evidenciando uma saída significativa de capitais da América Latina para a Flórida.

Bloomberg Línea consultou um relatório da The Miami Association of Realtors (Miami Realtors) onde a empresa apontava que as vendas de imóveis para investidores estrangeiros diminuíram ligeiramente no último ano, mas os latinos representaram um terço das compras de imóveis.

"A segurança jurídica nos Estados Unidos é incomparável. O tema dos aluguéis e a estabilidade da propriedade atraem muito o investidor internacional, especialmente quando comparados com os mercados latino-americanos", comentou Geovanny Reza, gerente comercial da Real Estate Investments by Borrero Corp.

Os empresários e investidores colombianos e argentinos são os principais compradores de imóveis em Miami, representando 15% e 14% do total de compras, respectivamente. Outros que se destacam são os brasileiros (7%), venezuelanos (5%) e mexicanos (5%).

NacionalidadeParticipação (%)
Colombianos15%
Argentinos14%
Brasileiros7%
Venezuelanos6%
Canadianos.6%
Mexicanos5%
Peruanos5%
Equatorianos5%
Chilenos4%
Franceses3%

As propriedades em Miami variam amplamente em preço e tipo, desde apartamentos modestos até luxuosos condomínios e casas em áreas exclusivas.

Embora os investimentos possam começar em $340,000, o panorama geral indica que os apartamentos costumam começar em $500,000 e as casas em áreas residenciais variam entre $700,000 e vários milhões de dólares.

NacionalidadePreço médio (US$)
Brasileiros1.000.000
Venezuelanos.521.000
Colombianos446.800.
Canadenses437.700
Argentinos340.400

Para muitos investidores latinos, a compra de propriedades em Miami não só representa uma diversificação de seu portfólio, mas também uma proteção contra a instabilidade política e econômica em seus países de origem.

A América Latina está girando à esquerda, o que gera incerteza. As pessoas buscam proteger seu patrimônio em mercados mais estáveis e próximos, como Miami, uma cidade com uma língua similar e proximidade conveniente", explicou Reza.

Jorge Vargas, sócio-fundador da Tobon Group, da Cervera Real Estate, indicou que os latinos preferem projetos em pré-construção e condomínios de luxo já construídos em áreas centrais com acesso a serviços e entretenimento.

As áreas mais procuradas incluem Brickell, Downtown Miami, Bal Harbour e Sunny Isles, conhecidas pela sua alta demanda e infraestrutura.

As zonas emergentes como Wynwood e Edgewater também estão a atrair investimentos devido a projetos de renovação urbana.

Uma tendência notável entre os investidores latino-americanos é a aquisição de propriedades para aluguel de curta temporada, popularizada por plataformas como Airbnb.

O estudo da Miami Realtors revelou que 71% dos investidores estrangeiros não utilizam as propriedades para viver em tempo integral, mas sim para alugá-las em períodos de alta temporada ou férias. Isso também se deve à consolidação de Miami como um dos destinos turísticos mais importantes dos Estados Unidos.

A preferência por aluguéis de curto prazo se deve à busca por altos e rápidos retornos. Além disso, os imóveis novos são mais lucrativos e mais baratos do que os usados, o que difere dos mercados locais na América Latina", acrescentou Reza.

O mercado imobiliário da Flórida continua a atrair investidores latinos que buscam estabilidade, diversificação e rentabilidade, consolidando-se como um destino-chave para investimentos em imóveis.

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