Como um calmante para a dor causada pelos apagões em Cuba, autoridades da cidade de Camagüey oferecem ao povo uma dose de circo e falsa tranquilidade com um programa de atividades recreativas e diversas opções de venda de alimentos elaborados.
De acordo com a estação de rádio estatal Radio Cadena Agramonte, a iniciativa parte da articulação conjunta da Assembleia Municipal do Poder Popular, da Empresa Municipal de Restaurantes e Centros de Recreação e do Grupo Empresarial de Comércio.
Dessa forma, os residentes na capital da província com mais relatos de cortes de energia no início do mês terão à sua disposição pratos de comida por um valor de 50 CUP. O menu inclui uma porção de arroz, proteína, raízes e saladas.
Na opinião de Dixami Rodríguez Gómez, presidente do governo municipal, "o programa de ações tem causado um impacto favorável nas áreas dos bairros Guernica, Arenera, El Porvenir e La Belén".
Além dos alimentos, as instituições oferecem alternativas de recreação e lazer, com jogos esportivos para crianças e adolescentes, bem como apresentações do Projeto Sociocultural Golpe a Golpe, pertencente à Associação Hermanos Saíz.
Opções como essas tentam mitigar o mal-estar causado pelo prolongado período de crise no sistema elétrico de Cuba, que sofre com a falta de infraestrutura para suprir a demanda energética de um país que passa por apagões de até 18 horas ininterruptas, entre outras intercorrências.
As consequências da crise se estendem por toda a geografia nacional. Por exemplo, a falta de eletricidade causou, na quarta-feira, a perda do "leite fluido" destinado às crianças de Matanzas, como noticiou o canal oficial Telebandera no Facebook.
Igualmente, em Santiago de Cuba anunciaram a venda de carvão para a população, como alternativa ao déficit energético e à escassez de combustível. Isso ocorre em um país onde a maioria da população depende de equipamentos elétricos para cozinhar alimentos.
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