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Cuba condena sete pessoas por tráfico e roubo com violência

As autoridades não mencionam as redes de tráfico de seres humanos que se dedicam ao recrutamento de mercenários cubanos para a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Acusado en el Tribunal Provincial de La Habana © Captura de video/NTV
Acusado no Tribunal Provincial de Havana Foto © Captura de Vídeo/NTV

Pelo menos sete pessoas – cinco homens e duas mulheres – foram condenadas em Cuba por promoverem serviços de obtenção de documentos de imigração falsos e por participarem em atividades ilegais associadas ao trata de pessoas.

Na transmissão estelar de Notícias da televisão nacional Na segunda-feira foi noticiado que as sentenças proferidas contra os arguidos são de cinco a 28 anos de privação de liberdade pelos crimes de tráfico de pessoas, falsificação de documentos e roubo com violência.

Os arguidos foram descobertos após venderem documentação falsa para sair do país a um indivíduo com problemas jurídicos pendentes, em troca de uma soma considerável de dinheiro, detalhou o relatório.

O Tenente Geovanis Ricardo Andino, instrutor criminal do caso, disse que modo de operação dos arguidos foi através da rede social Telegram, através da qual atraíram pessoas interessadas em negócios lucrativos.

Depois intimidaram-nos com facas e até armas de fogo e roubaram grandes somas de dinheiro. Em um caso, o roubo totalizou US$ 50 mil, explicou ele.

Andino instou os cubanos a usarem os canais legais para obter documentos de imigração e não caírem em fraudes.

Esta informação transcende quando se realiza em Viena, Áustria, o debate geral do XXXIII Período de Sessões da Comissão de Prevenção ao Crime e Justiça Penal, evento do qual participa a Primeira Vice-Ministra da Justiça de Cuba, Rosabel Gamón Verde.

O responsável reafirmou durante um discurso nesse fórum o compromisso de Cuba na luta contra o tráfico de pessoas; e disse que a ilha respeita os atuais acordos de cooperação internacional.

Da mesma forma, destacou o “foco estratégico do governo na prevenção do crime”; mas não mencionou as acusações contra o regime de tráfico de seres humanos para servir a Rússia na guerra contra a Ucrânia.

Acredita-se que entre 400 e 3.000 cubanos juntaram-se ao exército de Vladimir Putin como mercenários, com a cumplicidade do regime de Havana. Muitos deles através de uma rede de tráfico de seres humanos com ligações ao Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano.

Em meados de março, o governo ucraniano denunciou a crescente presença de soldados cubanos na guerra numa conferência de imprensa realizada em Kiev. “Vemos fotografias, vídeos do lado russo onde são vistos muitos mercenários de Cuba”, disse então o chefe de imprensa do Comitê Ucraniano para o Tratamento dos Prisioneiros de Guerra, Petro Yatsenko.

Naquela ocasião, o responsável repreendeu o governo cubano pela tolerância em relação ao recrutamento de pessoas da ilha pela Rússia, apesar de relatos de que muitos viajam enganados e morreram na frente.

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