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Mais um cubano morre na guerra na Ucrânia enquanto Díaz-Canel visita a Rússia

Apesar das reclamações das famílias cubanas, Díaz-Canel desejou à Rússia sucesso na invasão da Ucrânia.

Eduardo Montero Martínez © Eduardo Montero Martínez/Facebook
Eduardo Montero Martinez Foto © Eduardo Montero Martínez/Facebook

Outro cubano morreu na frente de batalha russa na Ucrânia, enquanto o governante Miguel Díaz-Canel visita aquele país “para fortalecer os laços” com o regime de Vladimir Putin.

Se trata de Eduardo Montero Martinez, nascido em 1º de junho de 1978 na cidade de Cienfuegos, e que perdeu a vida durante o conflito bélico com a Ucrânia.

Seu corpo foi enterrado na cidade de Kerch, conforme anunciado pelo chefe da administração local, Svyatoslav Brusakov, segundo o jornal. Crimea Realidades.

Segundo Brusakov, Martínez serviu no Exército cubano e trabalhou na polícia municipal. “Ele veio para a Rússia em 2016 como turista e decidiu ficar. Em 2017 ele constituiu família aqui”, disse Brusakov.

“Cubano de origem, defendeu com honra a Rússia, país pelo qual se apaixonou, tendo vindo uma vez como turista, e a sua família”, afirmou numa mensagem.

Segundo a história do chefe da administração de Kerch, Martínez era natural de Cienfuegos e alistado nas fileiras das Forças Armadas Russas em 2023, após assinatura de contrato com o Ministério da Defesa russo.

Brusakov não especificou o local onde o soldado cubano perdeu a vida, mas disse que foi mortalmente ferido por tiros da artilharia das Forças Armadas Ucranianas.

A mídia local identificou mais de 700 soldados russos mortos na Crimeia e em Sebastopol. Contudo, as autoridades russas não divulgaram oficialmente informações sobre as vítimas do conflito; e muito menos mencionaram o número de mercenários falecidos.

Porém, estima-se que o número seja elevado de acordo com reclamações relatadas por familiares.

O regime cubano não informou se abordou a questão dos mercenários Cubanos recrutados pela Rússia sob engano.

As famílias cubanas afirmam que muitos jovens foram enganados em contratos de trabalho que garantem empregos na construção e, ao chegarem a Moscovo, são enviados para a linha da frente.

Apesar destas queixas contínuas, o governo limitou-se a negar a sua participação neste tipo de recrutamento, mas não escondeu a sua simpatia por um acto que é condenado pela comunidade internacional.

Díaz-Canel declarou na terça-feira, numa reunião conjunta com o presidente Vladimir Putin, o seu desejo de sucesso na invasão da Ucrânia.

No âmbito da reunião, Díaz-Canel comentou sobre operações militares na Ucrânia e mostrou o seu apoio ao lado russo e entregou a Putin uma carta do general Raúl Castro onde afirmava que a Rússia “sempre” poderá contar com o apoio dos seus “amigos” e “irmãos” cubanos.

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