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Agustín Marquetti: “Vir para Miami é uma das melhores coisas que já me aconteceu”

Nesta entrevista com Julita Osendi, Marquetti não esqueceu muitos dos companheiros com quem dividiu palco durante sua carreira no beisebol.


Agustín Marquetti e Julita Osendi Voltaram aos papéis que os identificaram anos atrás: o de jogador de beisebol entrevistado e o de jornalista entrevistador, sempre à espera dos sucessos dos ex-Industriais, que tantas alegrias deram aos torcedores cubanos.

Desta vez, um testemunho gráfico da conversa que tiveram em Miami, foi coletado no canal “Cuba Sports Network” da plataforma YouTube.

Nessa palestra Marquetti confessou que se sentiu feliz. “No esporte tive momentos importantes com o Industriales, com a seleção de Cuba, e uma das melhores coisas que me aconteceu foi ter vindo para este país.”

E a felicidade de Marquetti está relacionada ao sentimento que ele tem pela ilha. “Cheguei em 2010 e vou fazer 14 anos… Isto é Cuba para mim, não sei para outras pessoas”, refletiu.

O estelar jogador de beisebol lembrou que após sua chegada aos Estados Unidos, em dezembro de 2010, no ano seguinte, lhe prestaram uma homenagem que nunca havia sido feita antes em sua vida.

“Não pelo dinheiro que me deram, porque me deram mais de 30 mil dólares…, mas o amor do povo, porque infelizmente quando alguém se aposenta já não é mais o mesmo. Mas ei, as pessoas ainda te amam e isso está cheio de cubanos. “Alguns gostam mais da bola, outros menos, mas me sinto muito bem aqui”, disse.

Não faltou espaço para falar o home run, talvez um dos mais famosos da Série Nacional, contra o arremessador Rogelio García de Pinar del Río e isso deu um título desejado na época aos Industriais.

“Para mim foi grande porque dei o home run para o Rogelio aos 40 anos e já se passaram 13 anos desde que o Industriales venceu. Isso para mim é uma alegria imensa e eterna”, acrescentou.

Porém, Marquetti foi conservador diante do desafio colocado por Julita de formar uma equipe histórica de Cuba.

Sua resposta não foi contundente, porque “se você faz uma seleção cubana de todos os tempos, não coloca Chávez, não coloca Urbano, não coloca Cuevas”, disse ele, refletindo sobre os companheiros da época com com quem compartilhou momentos memoráveis do esporte cubano.

“Cada um defende o seu palco; nós jogamos beisebol conscientemente. Aqui as pessoas jogam por milhões. Esses jogadores são iguais a nós? Quantos de nós teríamos jogado aqui?”, foi sua pergunta para comparar o passado com o presente no beisebol mundial e no desempenho dos jogadores cubanos.

Foi uma conversa baseada em anedotas, histórias familiares e esportivas, piadas que mostraram o carinho que o jornalista sente pela carreira do jogador de beisebol.

Marquetti é uma figura ligada ao desenvolvimento do beisebol em Miami, principalmente com os jogadores cubanos radicados naquela cidade.

Pouco depois de sua chegada à Cidade do Sol Ele abriu uma academia de beisebol com seu filho Agustín Jr..

Em 2022, regressou à ilha após oito anos de ausência. Na ocasião disse que “sendo pobre lá (nos Estados Unidos) me sinto e vivo tão rico, porque comparo com os meus tempos aqui, quando não tinha nada. Agora sou feliz, estou vivendo no paraíso”.

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