O popular sonero cubano Cândido Fabré Recentemente, ele afirmou ter rejeitado a oferta do cantor dominicano José Alberto “El Canário” para colocar o liberdade condicional para os Estados Unidos.
Durante um concerto pelos 504 anos de Havana, na noite de sábado, Fabré contou detalhes sobre a oferta que o salsero da República Dominicana lhe fez, e que vários postaram perfis em redes sociais.
“El Canario me disse: 'Fabré, você quer que eu lhe dê a liberdade condicional?', e eu disse: 'Olha, Canario, Tudo o que quero é que me mandem um blefe para quando faltar energia.'”, disse o artista de Santiago, que muitas vezes se vê envolvido em polêmicas.
Anteriormente, o músico havia garantido aos milhares de pessoas presentes: “Eu sei que a situação é difícil, que tudo é difícil, mas isso vai ser bom. Você verá que ninguém caberá neste país.”
Cándido é um fiel defensor do regime cubano, embora em algumas ocasiões tenha feito reclamações e protestado nas redes sociais, quando foi prejudicado, como aconteceu este ano quando foi despejado das terras que herdou de seus pais em Santiago de Cuba ou em fevereiro, que não foi incluído no Festival de Salsa em Havana.
No entanto, não é de estranhar que este sábado, noutra parte do seu concerto, tenha agradecido e desejado saúde ao presidente Miguel Díaz-Canel, a quem chamou de “amigo”.
“Vou agradecer a um amigo, ouso dizer amigo, porque jogamos softball juntos em Holguín. E no dia em que a banda completou 30 anos, na sua conta no Twitter (…) disseram: ‘Parabéns ao Cándido Fabré e à sua banda, obrigado por tanta coerência’, enquanto os outros se esqueceram que o Cándido existe”, disse o músico.
Em seu perfil no Facebook, no dia seguinte, Fabré agradeceu ao povo: “Uma multidão eufórica de alegrias desfrutadas tanto quanto eu. Junto com minha banda consegui continuar tomando o pulso da capital. Definir a fasquia ao nível de Sotomayor mas com música popular. É bom saber que sou amado, aclamado, aplaudido sem pedir aplausos. Estamos agora de volta ao leste, triunfantes, felizes.”
O artista relembrou a recente morte de sua irmã Cuca e de seus irmãos e pais que também faleceram. “Eles querem que eu cante mesmo quando estou triste. “Mamãe Sixta, papai Neto me trouxe a este mundo para alegrar os corações”, expressou.
O músico agradeceu ao departamento de cultura de Havana, ao governo e “a todos que me abriram as portas para ancorar no Prado e Neptuno”, icônico recanto de Havana onde foi realizado o concerto.
No maior êxodo da história de Cuba, dezenas de artistas cubanos emigraram para os Estados Unidos, muitos deles através de liberdade condicional humanitária.
Mais de 57 mil cubanos receberam autorização para viajar para aquele país entre janeiro e outubro através deste programa de imigração, segundo números do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) dos EUA, divulgados esta terça-feira. Dos casos examinados e aprovados, 55.568 cubanos já chegaram a solo norte-americano.
No ano fiscal recentemente concluído -de 1º de outubro de 2022 a 30 de setembro- 200.287 cubanos solicitaram refúgio político em território norte-americano.
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