A termelétrica Antonio Guiteras, de Matanzas, foi sincronizada nesta quarta-feira com o Sistema Elétrico Nacional (SEN) após sair de operação no dia anterior devido a um raio.
O engenheiro Raymel Rodríguez Ávila, diretor de produção, informou ao jornal Giron que às 6h20 o maior bloco unitário do sistema elétrico voltou a funcionar.
“Depois do árduo esforço feito pelos especialistas ontem à tarde para erradicar os problemas causados por uma descarga eléctrica que afectou a linha central, obrigando a parar a produção de energia, a central voltou a funcionar”, disse.
Segundo o especialista, neste momento estão sendo gerados 50 megawatts, quantidade que aumentará gradativamente à medida que o processo de geração avança neste dia.
Palmero Aguilar, diretor geral da fábrica, disse à rádio Rádio26 que os três pára-raios já estão montados.
O jornalista de televisão Bernardo Espinosa anunciou em seu perfil no Facebook que, após receber o choque elétrico, trabalhou durante toda a noite e de manhã cedo no conserto da usina.
Apesar da sincronização, o serviço ainda é afetado pelas manutenções programadas e pelas avarias ocorridas nas unidades térmicas.
Os responsáveis pelo fornecimento de electricidade anunciaram que o défice de geração que o SEN está a arrastar fará com que os cubanos deve continuar a suportar mais apagões indefinidamente.
Desde o passado dia 18 de maio, o Sindicato Elétrico (UNE) informou que a onda de apagões sofridos pela população se deveu a um défice de geração, a situação piorou e não passa um dia sem que as autoridades comuniquem novos incidentes.
Esta quarta-feira, a Mesa Redonda televisiva discutirá a crise atual, com a presença do ministro de Energia e Minas, Liván Arronte Cruz e do diretor da UNE, Jorge Armando Cepero Hernández.
O mais recente desses incidentes ocorreu na tarde de terça-feira, quando a termelétrica Antonio Guiteras parou de funcionar devido ao impacto de um choque elétrico.
“Acaba de ocorrer um choque elétrico no pára-raios da saída de Guiteras e a usina acaba de sair abruptamente do Sistema Eletroenergético Nacional (SEN)”, relatou o jornalista José Miguel Solís, de Rádio Rebelde.
Solís explicou que, segundo trabalhadores que presenciaram o ocorrido, “o raio atingiu os equipamentos de proteção contra raios, mas foi tamanha a força que destruiu o para-raios”.
“A descarga eléctrica esteve muito próxima do transformador de saída da central e como se sabe, aqueles quase 20 milhões de volts gerados pelos raios poderiam ter sido induzidos em alguns equipamentos tecnológicos, embora o sistema de protecção estivesse funcional”, explicou.
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