Cafardas, escassez de água, falta de higiene e outros problemas são denunciados pelo hospital Maternidade Obrera, em Havana, por uma paciente internada, que classifica sua experiência na unidade de saúde como "estressante".
A jovem, que decidiu não se identificar por medo de represálias, contou à CiberCuba que está hospitalizada devido a uma ameaça de aborto. No entanto, durante sua estadia, ela presenciou a falta de higiene e das condições básicas na sala onde está internada.
"Não limpam desde sábado. Agora estão pintando a fachada e polindo o mármore, mas os quartos estão...", diz a paciente que está com sete meses de gestação.
Descreva também como fazem para armazenar água. Diga que é através de uma mangueira, "que sai de onde deveria estar a instalação da pia", e que muito poucos cubículos têm essa possibilidade.
Para demonstrar sua situação, enviou algumas imagens nas quais podem ser vistas as condições deterioradas em que se encontra o banheiro. Azulejos desgastados, paredes com umidade, cestos cheios de resíduos e uma pia com um aviso que diz NÃO TOCAR. Esse é o cenário que a jovem precisa enfrentar dia após dia desde que está sob observação e cuidados médicos.
No entanto, o que mais preocupa ela e as outras pacientes é que há baratas na sala. "As moças das outras camas não conseguiram dormir com medo de que fossem rastejar por cima delas", afirma, ao mesmo tempo em que confessa que se cobre da cabeça aos pés para evitar um possível contato com os insetos. Infelizmente, o estresse fez com que seus níveis de açúcar no sangue aumentassem, razão pela qual também está lá.
Em outro momento da conversa que a futura mãe teve com a CiberCuba, foi possível saber que em seu cubículo, com três tomadas, "apenas metade de duas funciona", portanto, precisam usar extensões para distribuir a energia elétrica e conseguir instalar os ventiladores.
Não é a primeira denúncia relacionada ao hospital Maternidad Obrera que é publicada neste site. Em agosto, também recebemos um grupo de imagens que mostravam a total falta de higiene desse centro de saúde que oferece serviços desde 1941.
“É horrível o lixão. Esse é o único lugar com água em toda a sala, e é onde as funcionárias de limpeza jogam a água e esfregam os mopes”, denunciavam da ilha diante da alarmante situação.
No entanto, o hospital Eusebio Hernández, assim renomeado pelo Governo cubano em 1966, tentou transmitir uma imagem de limpeza e renovação quando sua fachada foi vítima de um sacrilégio estético, com cartazes propagandísticos pelos 500 anos de Havana. A iniciativa não foi bem recebida pelos habitantes da capital, que consideraram que isso ofuscava a sóbria fachada do centro médico.
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