BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia está preparando novas sanções contra autoridades das forças de segurança venezuelanas envolvidas em violações dos direitos humanos, disse o chefe de política externa do bloco nesta terça-feira, após a morte de um capitão da Marinha em meio a alegações de tortura.
Federica Mogherini sustentou que a morte de Rafael Costa enquanto estava sob custódia por suposta participação em uma conspiração golpista foi um "exemplo claro" da deterioração da situação no país sob o governo do presidente Nicolás Maduro.
"A UE está determinada a começar a aplicar medidas específicas aos membros das forças de segurança envolvidos em tortura e outras graves violações dos direitos humanos"Mogherini disse em um comunicado.
Em 11 de julho, os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra a agência de contra-espionagem militar da Venezuela após a morte de Acosta.
Mogherini também alertou que se não houvesse progresso na conversações entre a oposição e o governo Maduro Para resolver a crise política na nação sul-americana, a UE aumentaria as sanções.
“Caso não haja resultados concretos das negociações em curso, a UE expandirá ainda mais as suas medidas específicas”, disse Mogherini.
“Lembra-se também que estas medidas podem ser revertidas caso sejam alcançados progressos substanciais no sentido do restabelecimento da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos na Venezuela”, acrescentou.
(Reportagem de Alissa de Carbonnel, editada em espanhol por Gabriela Donoso)
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