A filha de Ernesto "Che" Guevara, Aleida Guevara, voltou a atacar aqueles que decidem sair de Cuba durante uma entrevista na Espanha publicada pelo Diario de Cuba.
Apesar de ter elevado o nível cultural do povo cubano, ainda há pessoas ingênuas que acreditam nas cantigas de sereia. Pensam que, ao chegarem aos EUA com esta lei (de ajuste cubano), estão a caminho do sonho americano", afirmou. Nesse sentido, criticou o fato de haver imigrantes que "sonham com aquilo que os filmes de Hollywood contam". "É impressionante como algumas pessoas ainda podem se confundir com isso", acrescentou.
Guevara também falou sobre a lei de ajuste cubano para argumentar sua posição contra os imigrantes cubanos, apesar de mencionar medidas que não estão mais em vigor desde o mês passado de janeiro.
Existe uma lei assinada em 1966 pelo Senado dos EUA, conhecida como 'lei de ajuste cubano', que estabelece que o cubano que chegue aos EUA ilegalmente tem direito a dinheiro para começar, a uma casa e a um emprego. E após um ano morando lá, pode se tornar cidadão dos EUA. Não queremos isso, não queremos nenhum privilégio desse tipo", afirmou na entrevista citada.
Além disso, ele lembrou a Washington da obrigação de cumprir o pacto com o Governo de Cuba de conceder até "20.000 vistos por ano".
Restabelecimento das relações entre Cuba e EUA.
A filha de "Che" Guevara também aproveitou para alertar que as relações entre Cuba e Estados Unidos não são normais. "Não podemos ter uma relação normal nem diplomática com um Governo que nos bloqueia. Só quando esta lei (Lei de Ajuste Cubano) for revogada teremos uma relação diplomática normal", afirmou.
Apesar do aumento da chegada de turistas norte-americanos, a chegada de cruzeiros e voos procedentes do território dos Estados Unidos, defendeu que "o bloqueio está cada vez mais duro e cruel para o povo cubano".
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