Aleida Guevara, filha do líder revolucionário Ernesto "Che" Guevara, recusa-se a assistir à missa que será oficiada pelo papa Francisco neste domingo no centro de Havana.
Em declarações à AFP, Guevara explicou que não aceita o chamado do Partido Comunista de Cuba para que seus militantes compareçam à missa.
Na sua opinião, estar presente na missa é "hipócrita". "Meu pai está lá porque é símbolo deste país", lembrou em referência à grande imagem do rosto do Che que decora o Ministério do Interior na Praça da Revolução, local escolhido para a missa.
Guevara, de 54 años, nasceu e vive em Cuba. É médico e destacada ativista do Partido Comunista.
“Eu vou receber o papa como um visitante, me parece correto porque ele vem para a minha casa e eu o recebo com o melhor que tenho, isso é lógico. Mas ir a uma missa, não, porque aqui há liberdade de credo e eu não creio, portanto não tenho que ir”, afirmou Guevara.
O Papa Francisco chegou a Havana neste sábado como parte de sua turnê por Cuba e EUA. É a primeira vez que ele visita ambos os países.
A turnê papal está ocorrendo em meio a um degelo nas relações entre os dois países, promovido pela diplomacia liderada pelo pontífice.
O Vaticano expressou a sua esperança de que a visita de Francisco represente o fim do embargo dos EUA a Cuba.
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