O petróleo do Texas cai para seu preço mais baixo desde 2021



O preço do petróleo WTI cai para seu nível mais baixo desde 2021 devido à sobreoferta da OPEP+ e às expectativas de paz na Ucrânia. Trump promete reduzir ainda mais o custo da gasolina nos EUA para $2 o galão.

Donald TrumpFoto © X/Casa Blanca

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O preço do petróleo do Texas (WTI) caiu nesta terça-feira para 54,98 dólares por barril, seu nível mais baixo desde fevereiro de 2021, em meio a uma combinação de fatores geopolíticos e de oferta que continuam pressionando o mercado energético global, informou a agência EFE.

Durante 2025, o mercado de petróleo tem estado sob forte pressão devido ao aumento acelerado da produção por parte dos países da OPEP+, que começaram a reverter os cortes aplicados em anos anteriores. Esse aumento na oferta contribuiu para um excesso de petróleo no mercado, enfraquecendo os preços.

Expectativas de paz na Ucrânia e menor prêmio de risco

De acordo com o mencionado medio, outro fator chave por trás da queda do WTI é a redução da prima de risco geopolítico. Os investidores acompanham de perto a possibilidade de um acordo de paz na Ucrânia, após representantes dos Estados Unidos se reunirem em Berlim com o presidente ucraniano Volodímir Zelenski e autoridades europeias para analisar um plano proposto por Washington para encerrar o conflito.

Desde a invasão russa em grande escala em 2022, a ameaça de interrupções no fornecimento tem sustentado os preços do petróleo. No entanto, a percepção de um eventual desfecho diplomático reduziu essas preocupações, apesar de a Ucrânia continuar realizando ataques com drones contra a infraestrutura petrolífera russa e de os Estados Unidos e a União Europeia manterem sanções sobre o setor energético da Rússia.

Venezuela e a pressão dos Estados Unidos

O mercado também observa com atenção a situação da Venezuela, cujas exportações de petróleo caíram significativamente após as sanções impostas a navios e empresas de navegação que comercializam com o país sul-americano. No entanto, analistas concordam que essas medidas evitaram uma queda ainda maior dos preços.

“A queda gradual dos preços e os mínimos mensais recentes poderiam ter gerado níveis ainda mais baixos não fosse a pressão dos Estados Unidos sobre a Venezuela”, explicou John Evans, analista da PVM, em declarações à CNBC.

Com o WTI em mínimas de quase quatro anos, os mercados de energia enfrentam um cenário marcado por sobreoferta, incerteza geopolítica e expectativas de reequilíbrio no mercado global de petróleo, fatores que continuarão a influenciar a evolução dos preços nos próximos meses.

Trump e a promessa de reduzir ainda mais o preço da gasolina nos EUA: Esta é sua previsão

Entretanto, o presidente Donald Trump tem colocado reiteradamente o preço da gasolina no centro de sua agenda, com uma promessa que busca ressoar entre os cidadãos preocupados com a inflação: reduzir o custo do galão de combustível para dois dólares, ou até menos.

Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira na Casa Branca, Trump se mostrou confiante. “Agora estamos a cerca de dois dólares e cinquenta centavos o galão. Creio que vamos estar a $2 o galão. Podemos até reduzir isso em algum momento”, afirmou.

Uma promessa ambiciosa

Trump, que fez do preço do combustível um tema recorrente em suas intervenções, sublinhou que essa meta poderia ser alcançada com maior facilidade “se não estivéssemos construindo a estratégia de reservas nacionais que Biden esvaziou antes das eleições, para que pudessem tentar ser eleitos”.

Em sua crítica direta ao ex-presidente, acusou seu antecessor de usar as Reservas Estratégicas de Petróleo (SPR) para fins eleitorais, em vez de para emergências reais.

“Esvaziaram essas reservas nacionais estratégicas que realmente estão destinadas a outra coisa. Não estão destinadas a manter as pessoas felizes com os preços da gasolina. Estão destinadas à guerra, estavam destinadas a problemas. Grandes problemas”, disse.

Segundo Trump, essa política de liberação de reservas durante a crise energética global não teve o efeito desejado. “Não funcionou muito bem para ele. E praticamente o levaram ao nível mais baixo, creio, na história. Não teve muito impacto porque os preços estavam muito altos”, ressaltou.

Em contraste, defendeu sua gestão atual afirmando: “Nossos preços agora para a energia... a gasolina está muito baixa. A eletricidade está caindo. E quando isso cai, tudo cai”, disse em alusão ao efeito dominó sobre os custos de produção e bens de consumo.

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