Atualizam sobre o fornecimento de água a Matanzas após episódio de contaminação

Espera-se que a situação melhore ao longo do dia de hoje.

Aqueduto (Imagem de referência)Foto © ACN

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Este lunes 10 de fevereiro, as autoridades de Matanzas prevêem restabelecer a bombeamento da fonte de abastecimento Bello, uma das principais da província, após o episódio de contaminação que obrigou à suspensão do serviço.

No obstante, o restabelecimento do serviço dependerá dos resultados das análises físico-químicas e bacteriológicas, que hoje devem confirmar que a água atende aos padrões de segurança, de acordo com o informado pelo Periódico Girón.

Espera-se que esses resultados estejam disponíveis ao longo do dia.

Enquanto isso, as autoridades de Higiene e Epidemiologia de Matanzas emitiram um aviso aos residentes dos bairros de Versalles, Matanzas Este e Oeste, e El Naranjal: A água deve ser clorada pelas famílias antes do consumo para prevenir riscos sanitários.

A fonte oficialista precisou que, para garantir a purificação da água, as farmácias locais disponibilizarão hipoclorito de sódio, que também será distribuído em consultórios médicos da região.

Captura do Facebook Periódico Girón

Mal-estar na população diante da crise da água

A situação gerou inúmeras queixas entre os moradores da cidade de Matanzas, que denunciam a falta de informação, o atraso no fornecimento de água e a escassez de hipoclorito de sódio.

Alguns cidadãos manifestaram que a informação não está chegando a todos, especialmente a pessoas idosas e famílias sem acesso a redes sociais.

"É necessário que, se realmente houver hipoclorito em consultórios e farmácias, façam trabalhos comunitários, mesmo que seja com os estudantes de medicina, para que a população fique informada", sugeriu uma residente, que acrescentou que muitas pessoas "não têm telefone nem conexão" para receber esses avisos.

Embora as autoridades assegurem que há disponibilidade de hipoclorito de sódio, alguns matanceros desconfiam. Outros alertam sobre o risco de acúmulo da substância.

Outro problema apontado é que muitas áreas nem sequer receberam água nos últimos dias.

"Isso será quando nos chegar água, pois aqueles de nós que dependemos do bombeamento de Dubrocq não recebemos nem uma gota. Já fazem dois dias que dizem que vão bombear e é uma história", denunciou uma residente irritada.

Em outras áreas, como o Reparto Iglesias, também esperam uma solução.

A transparência das autoridades também tem sido questionada, uma vez que declarações anteriores geraram confusão.

"Então, o que disse ontem o delegado de Recursos Hídricos na província de Matanzas, que a água que estava sendo bombeada não tinha problema, agora em que ficamos? Não sei em quem vou acreditar", questionou uma cidadã.

Embora se recomende ferver a água, alguns cidadãos apontaram que isso nem sempre é uma opção viável devido à escassez de gás: "E onde tem hipoclorito? Porque gás para ferver... não tem", lamentou uma moradora.

A crise da água em Matanzas continua a gerar preocupação e reivindicações na população, que exige soluções rápidas, informações claras e medidas eficazes para garantir o acesso a água potável segura.

Contaminação na bacia do Bello

Na última quarta-feira, a Direção de Recursos Hídricos de Matanzas informou em um comunicado que dias antes havia ocorrido um derramamento de cachaza no engenho açucareiro "Boris Luis Santa Coloma", localizado em Mayabeque, que provocou impactos na qualidade da água na fonte de abastecimento de Bello, em Matanzas.

Dois dias depois, após uma análise realizada por especialistas em higiene e epidemiologia, as autoridades de saúde daquela província alertaram sobre a presença de coliformes fecais no corpo d'água.

O doutor Andrés Lamas Acevedo, diretor de Higiene e Epidemiologia em Matanzas, disse ao jornal local que esta não é a primeira vez que a água de Bello é contaminada devido aos despejos da usina açucareira e que era necessário agir para eliminar os danos.

O especialista apontou que um exame microbiológico realizado em uma amostra de água procedente de Bello revelou a presença de coliformes fecais, “bactérias que são neutralizadas ao ferver ou clorar a água.” Apesar disso, as autoridades informam que tanto a bacia quanto o reservatório já foram limpos.

Perguntas frequentes sobre a crise de abastecimento de água em Matanzas

Qual é a causa da poluição da água em Matanzas?

A contaminação da água em Matanzas deve-se a um derrame de cachaza na usina de açúcar Boris Luis Santa Coloma, localizada em Mayabeque. Este derrame provocou a presença de coliformes fecais na fonte de abastecimento Bello, o que representa um risco para a saúde dos habitantes.

Quais medidas os residentes de Matanzas devem adotar para consumir água segura?

As autoridades de Higiene e Epidemiologia de Matanzas recomendam ferver a água ou utilizar hipoclorito de sódio para desinfetá-la antes do consumo. Essas medidas são essenciais para prevenir doenças gastrointestinais, especialmente após a detecção de coliformes fecais no abastecimento de água.

Por que há escassez de hipoclorito de sódio em Matanzas?

Embora as autoridades assegurem que as farmácias locais e consultórios médicos estão abastecidos com hipoclorito de sódio, os residentes de Matanzas denunciaram a sua escassez. A desconfiança se deve ao fato de que nos últimos anos houve uma falta constante deste produto, o que complica a desinfecção da água nos lares.

Qual tem sido a resposta das autoridades diante da crise de água em Matanzas?

As autoridades realizaram análises físico-químicas e bacteriológicas para avaliar a qualidade da água. Além disso, foram utilizados caminhões-tanque para fornecer água em áreas afetadas. No entanto, os cidadãos criticam a falta de transparência e a demora na gestão de soluções eficazes.

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